Cavernas Kizil (Crédito: yuzu2020/Shutterstock)
Nas Montanhas Flaming, no norte da Antiga Rota da Seda, na região Autônoma Uigur de Xinjiang, as Cavernas Kizil remontam a um antigo passado budista da China. Além disso, as cavernas também representam a importância da rota de comércio, na difusão de culturas, ideais e crenças.
Vindo da Índia, o budismo e a arte budista foram implementados na China graças a Rota da Seda no século 1 d.C., durante a Dinastia Han Oriental. Nesse período muitos templos budistas foram criados, principalmente na região de Xinjiang, entre eles as Cavernas Kizil, ou Cavernas dos Mil Budas.
Ao todo são 236 templos em cavernas conhecidas, esculpidas na pedra do penhasco das montanhas, espalhando-se de leste a oeste por quase dois quilômetros. Elas foram construídas entre os séculos 3 e 8 d.C, preservando estilos arquitetônicos de diferentes períodos e influências culturais.
Leia mais:
Nas cavernas é possível encontrar salas de oração, de reunião, corredores e locais de meditação, decorados com murais e esculturas que retratam eventos da vida de Buda, contos de histórias de Jataka e seres celestiais da cosmologia budista.
Esses murias preservam características e influências da época em que foram construídos e são divididos principalmente em três períodos:
Apesar da sua beleza, algumas das cavernas foram completamente desconfiguradas pela interferência humana. Seja pelos mulçumanos que chegaram à região alguns séculos depois da construção do complexo, ou por arqueólogos alemães, no século passado, que contrabandearam grandes pedaços dos murais das Cavernas Kizil.
Além disso, os templos budistas também sofrem perigos devido às intempéries. No entanto, pesquisadores têm buscado formas de proteger e conservar as Cavernas Kizil.
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de dezembro de 2023 18:33