Não é segredo para ninguém que uma rotina estressante pode levar a uma péssima noite de sono. Mas essa afirmação sempre ficou no campo do empirismo, ou seja, dentro das suas próprias experiências.

Agora, um estudo científico da Universidade da Pensilvânia (EUA) confirma essa relação. Mais do que isso: explica como o stress influencia na qualidade do descanso.

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Os cientistas identificaram que o nervosismo e a ansiedade ativam as células cerebrais na hora errada durante as fases do sono, causando a má qualidade do descanso e, por vezes, a própria interrupção do sono.

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A explicação científica

Os pesquisadores monitoraram a atividade na área pré-óptica do hipotálamo durante o sono natural.

Eles descobriram que os neurônios glutamatérgicos (VGLUT2) são mais ativos durante as horas nas quais ficamos acordados e são menos ativos durante o sono.

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O estresse, no entanto, fez com que o VGLUT2 disparasse nos 3 estágios antes do sono profundo.

Isso levou a micro-despertares, ou seja, aquele acorda e dorme, acorda e dorme.

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Você muitas vezes não percebe, não se lembra de ter acordado tantas vezes durante a noite. Ao se levantar, porém, a sensação é de que você não descansou nada.

O acionamento dos neurônios glutamatérgicos acabaram acordando as pessoas justamente porque ele atua mais nos períodos diurnos.

Vale destacar que o estudo não traz uma solução para o problema, mas sim uma explicação para a má qualidade do sono.

O stress e a ansiedade devem ser tratados por especialistas de áreas como Medicina, Psicologia e Psiquiatria.

Você pode acessar o relatório dessa nova pesquisa aqui.

As informações são do portal New Atlas.

As fases do sono

Imagem: Sleep Foundation
  • Durante a noite, nosso sono passa por quatro estágios, repetidas vezes, em ciclos, cada qual com suas características.
  • Em geral, temos entre quatro e seis ciclos de sono em uma noite típica.
  • As fases do sono são designadas pela sigla REM (que, em Inglês, significa Rapid Eye Movement, ou movimento rápido dos olhos).
  • A primeira fase é chamada de não-REM 1 e é caracterizada pela transição da vigília para o sono leve. Dura de 1 a 5 minutos;
  • Vigília é o termo usado pelos cientistas para determinar as horas nas quais ficamos acordados;
  • A segunda fase do sono é a não-REM 2, um sono leve ganhando profundidade e que dura de 10 a 60 minutos;
  • Já a fase 3 é a da sono profundo, a não-REM 3 e dura apenas de 20 a 40 minutos;
  • Depois disso entra a fase 4, a REM, quando nossos olhos ficam se mexendo por baixo das pálpebras. Nessa fase nosso cérebro funciona bastante, com ondas cerebrais, respiração e batimento cardíaco próximos aos do estado de vigília, com os demais músculos paralisados.
  • Depois do estágio 4, o sono volta para o estágio 1 e assim por diante.