Só quem é mãe sabe o tamanho do desconforto de um mal-estar durante o período gestacional. Os enjoos na gravidez são bastante comuns e, sabedorias populares à parte, a causa e o tratamento deles eram uma incógnita para a ciência até ontem.
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Hoje, os cientistas deram mais um passo na direção de prevenir esse problema.
Até poucos anos atrás, a causa do enjoo na gravidez era totalmente desconhecida.
Recentemente, porém, estudos bioquímicos e genéticos indicaram que isso pode estar relacionado à produção pelo feto de um hormônio chamado GDF15 — que atua no cérebro da mãe e que pode causar náuseas e vômitos.
A nova pesquisa
Com esses dados em mãos, cientistas da Universidade de Cambridge em parceria com pesquisadores da Escócia, dos EUA e do Sri Lanka avançaram no tema.
Investigaram a gestação de inúmeras mulheres e confirmaram a relação dos enjoos com o hormônio GDF15. Também encontraram uma forma de enfrentar a chamada hiperêmese gravídica, que é a causa mais comum de internação hospitalar de mulheres nos primeiros três meses de gravidez.
O relatório aponta que o nível do mal-estar depende de uma combinação entre a quantidade do hormônio produzido pelo feto e a quantidade de exposição que a mãe teve a esse hormônio antes de engravidar.
Os pesquisadores acreditam, portanto, que aumentar a tolerância da mulher ao hormônio antes da gravidez pode ser a chave para prevenir doenças.
Foi o que aconteceu com as mulheres estudadas no Sri Lanka. Elas tinham uma doença sanguínea rara que causa níveis cronicamente elevados de GDF15. Durante a gravidez elas não sentiram náuseas.
Mais sobre o tratamento e o GDF15
- É claro que os cientistas não querem expor todas as mulheres a essa doença sanguínea rara registrada no Sri Lanka.
- A ideia seria elevar de forma segura, saudável e controlada os níveis desse hormônio.
- O GDF15 é produzido em todos os tecidos, mas em baixa quantidade.
- O hormônio é liberado em resposta a um stress no corpo, como uma infecção.
- Novos estudos devem avançar numa forma de como inserir o GDF15 numa dieta e no dia a dia das mulheres.
O estudo foi publicado na revista Nature.
As informações são do site Medical Xpress.