Quando se trata de estudar o passado Pré-Histórico do nosso planeta podemos observar diversas estruturas. As montanhas, as camadas do solo, a degradação de elementos radioativos são alguns dos lugares onde costumamos olhar para entender o que se passava na terra há milhões de anos. Dentre essas estruturas as mais famosas e detalhadas são sem dúvidas os fósseis, registros detalhados da vida no nosso planeta, os fósseis são como janelas para o passado longínquo da terra. Dentre os fósseis mais incríveis estão os fósseis de âmbar.

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Os fósseis são restos de organismos antigos conservados ao longo de milênios por processos naturais, muitos pertencendo à época geológica do Holoceno. Os fósseis podem incluir ossos, pegadas, dentes, animais preservados no gelo, entre outros. Partes duras ricas em cálcio, como ossos e dentes, são mais comuns, por serem mais resistentes à decomposição. Podendo ser expostas por mais tempo aos processos de conversão de matéria orgânica em minerais.

Uma das formas mais comuns de um organismo morto se transformar em fóssil, é por meio de um processo lento ao longo de milhares anos, começando com o soterramento dos restos em solo abundante, seguido por uma desaceleração da decomposição, dependendo dos materiais do solo. Porém, os fósseis de âmbar são bastante diferentes.

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O que são fósseis de âmbar?

Podemos dividir os fósseis em dois grupos principais, aos fósseis de organismos damos o nome de Somatofósseis. São os restos vitais de animais e plantas que viveram muito tempo atrás. Estes são essenciais para que os paleontólogos entendam a morfologia e anatomia dos animais que viveram naquele período.

Já os icnofósseis são fósseis que identificam a vita cotidiana desses organismos. Pegadas, rastros, entre outros. Na paleozoologia, A parte da paleontologia que estuda os animais, esses fósseis são cruciais para o entendimento de organizações sociais, padrões migratórios e hábitos reprodutivos e alimentares desses animais.

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Symplocos kowalewskii é o novo nome da flor preservada em âmbar até então conhecida como Stewartia kowalewskii. Crédito: Sadowski & Hofmann, doi: 10.1038/s41598-022-24549-z.

Enquanto somatofósseis tradicionais muitas vezes consistem em ossos e dentes mineralizados. Os fósseis de âmbar oferecem uma preservação única dos organismos. Funcionando como verdadeiras cápsulas do tempo, esse tipo de somatofóssil consegue manter estruturas moles preservadas como nenhum outro.

Esse fenômeno ocorre quando resinas de árvores se solidificam ao longo do tempo, criando uma substância fossilizada transparente que aprisiona organismos em seu interior. Estes organismos, que podem incluir insetos, pequenos vertebrados e até mesmo plantas, permanecem incrivelmente preservados devido à proteção proporcionada pelo âmbar.

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Os fósseis de âmbar não apenas fornecem uma visão única da morfologia desses organismos, mas também capturam muitos detalhes que poderiam se perder em outros tipos de fósseis. Devido à natureza do âmbar, a captura dos indivíduos ocorre de maneira muito rápida, e a solidificação é bastante breve.  Essas pequenas jóias fossilizadas não são apenas testemunhas silenciosas do passado, mas também catalisadores de grandes descobertas, enriquecendo nossa compreensão da história natural do planeta.