O governo da China enviou, na sexta-feira (15), uma nova diretiva aos funcionários de empresas estatais (que tem apoio do governo): comecem a vender apenas marcas com tecnologia local, descartando iPhones e dispositivos de marcas estrangeiras. A instrução, segundo a Bloomberg, foi enviada a pelo menos oito províncias do país. 

O que você precisa saber: 

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  • A China tem lutado para diminuir cada vez mais sua dependência de marcas estrangeiras, principalmente da Apple, uma forte rival; 
  • Funcionários do governo, por exemplo, estão proibidos de usar os celulares ou qualquer outro dispositivo da marca da maçã; 
  • O reforço na instrução das vendas chega dois meses após agências governamentais em Pequim e Tianjin pedirem aos funcionários para não levar dispositivos estrangeiros ao trabalho; 
  • A nova diretiva, inclusive, deve resultar em mais políticas internas nas empresas para proibir totalmente dispositivos Apple no local de trabalho; 
  • A ampliação da orientação para mais oito regiões da China marca uma forte aceleração da campanha de Pequim para se desligar da tecnologia americana, coincidindo com a popularidade da tecnologia local, o que inclui o atual protagonismo da Huawei (relembre aqui o embate das duas empresas no lançamento do iPhone 15). 

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De acordo com a Bloomberg, após o país divulgar a ampliação da proibição, as ações da Apple caíram para o menor nível na sexta-feira — após o expediente da bolsa, ela ainda sentiu mais uma queda. Isso após bater recordes no início da semana. 

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Os softwares e hardwares chineses têm substituído gradualmente produtos americanos ao longo dos anos, desde os softwares da Microsoft aos chips Intel o país tem se igualado aos produtos.  

No entanto, a Apple ainda parece ser um problema e o foco do país. Com a ascensão e volta de popularidade da Huawei, tudo indica que os recentes decretos possuem apenas um objetivo: tirar os iPhones do mercado chinês. Vale pontuar que não apenas a marca da maçã, mas a Samsung também deve sofrer com as proibições — embora foquem na Apple, incluem toda e qualquer marca estrangeira. 

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Uma das cidades para qual a nova proibição de venda foi enviada, por exemplo, inclui o centro de Hebei — lar de uma das maiores fábrica do iPhone. A China representa um quinto da receita da Apple.