Vulcão na Islândia lançou “piscinas olímpicas” de lava a cada 20 segundos

A erupção foi acompanhada de terremotos registrados no local. Os tremores já pararam, o que sugere que a fissura estabilizou
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 19/12/2023 15h20, atualizada em 02/01/2024 15h28
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Imagem: reprodução/Escritório Meteorológico Islandês
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Após uma série de alertas que se estenderam desde outubro, um vulcão na península de Reykjanes, próximo à cidade de Grindavík, na Islândia, finalmente entrou em erupção nesta segunda-feira (18). Mas o que impressionou foi a quantidade de lava expelida em pouco tempo, o suficiente para encher uma piscina olímpica em apenas 20 segundos.

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A erupção foi acompanhada de terremotos registrados no local. Os tremores já pararam, o que sugere que a fissura estabilizou. Segundo o RÚV (Radiotelevisão Nacional da Islândia), ela chegou a ultrapassar os quatro quilômetros.

A taxa de erupção provavelmente estará na região de algumas centenas de metros cúbicos de lava por segundo – o suficiente para encher uma piscina olímpica em cerca de 20 segundos. O comprimento da fissura pode ser uma indicação de quanto magma foi capaz de acumular na crosta nas últimas semanas.

David Pyle, professor de ciências da Terra da Universidade de Oxford

Segundo os especialistas, o magma está se movendo para sudoeste e a erupção pode se estender na direção da cidade de Grindavík. O local foi esvaziado após uma série de alertas das autoridades em função da erupção iminente.

Um comunicado do Escritório Meteorológico Islandês informa que a atividade vulcânica parece estar diminuindo. No entanto, isso não quer dizer que ela vai cessar, mas sim que está atingindo o equilíbrio. A previsão é que a erupção ainda continue por alguns dias. As informações são da Live Science.

(Imagem: Reprodução/RÚV)

Cidades foram esvaziadas após alerta

  • Apesar da erupção, ainda não há registros de estragos ou feridos.
  • Lembrando que os moradores de Grindavík foram retirados da cidade em novembro em função dos alertas.
  • O vulcão ameaçava entrar em erupção desde outubro, quando terremotos começaram a atingir a região.
  • Apenas entre 8 e 9 de novembro foram 1,4 mil tremores.
  • O nível de alerta até chegou a ser diminuído no fim de novembro, mas as autoridades continuaram a monitorar a situação.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.