Imagem: Shutterstock/Young Nova
Para alguns pesquisadores, os olhos não são apenas a “janela da alma”, mas também do cérebro. Isso porque suas estruturas estão diretamente conectadas ao sistema nervoso central. A conexão pode ser um caminho não invasivo de analisar esse órgão.
Pensando nisso, cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Yonsei desenvolveram um método que utiliza inteligência artificial para analisar a retina de crianças e identificar o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
O portal New Atlas relatou que os pesquisadores acreditam ter identificado um biomarcador para o autismo. Eles afirmaram: “Nossos modelos apresentaram um desempenho promissor ao distinguir entre TEA e DT [crianças com desenvolvimento típico] utilizando fotografias da retina, indicando que as mudanças na retina associadas ao TEA podem ter valor como biomarcadores”.
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Os resultados do estudo revelam que o modelo de IA tem potencial para ser usado como uma ferramenta de triagem com crianças a partir dos quatro anos. Como a retina de um bebê continua a se desenvolver até essa idade, são necessárias mais pesquisas para determinar se a tecnologia seria precisa nas mais novas.
Embora sejam necessários estudos futuros para estabelecer a generalização, nosso estudo representa um passo notável no desenvolvimento de ferramentas objetivas de rastreio do PEA [Perturbações do Espectro do Autismo], que podem ajudar a resolver questões urgentes, como a inacessibilidade de avaliações especializadas em psiquiatria infantil devido aos recursos limitados.
Detalhes do estudo foram publicados na revista científica JAMA Network Open.
Esta post foi modificado pela última vez em 19 de dezembro de 2023 10:16