Tsunami mais alto da história teve 524 metros de altura

Em 1958, um enorme tsunami provocou ondas de proporções inimagináveis e atingiu a Baía de Lituya, um local remoto no Alasca
Alessandro Di Lorenzo29/12/2023 19h12, atualizada em 02/01/2024 15h24
Onda grande reproduzida em ilustração com o sol da tarde ao fundo
Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock
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Devastadores, os tsunamis estão entre os desastres naturais mais perigosos e deixaram um rastro de destruição em inúmeros países do mundo ao longo da história. Esses eventos de grandes proporções são retratados em filmes, por exemplo. Mas você sabe qual foi o tsunami mais alto já registrado?

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Ondas de mais de 500 metros

  • Em 1958, um megatsunami atingiu a Baía de Lituya, um local remoto ao longo do Golfo do Alasca.
  • Ele foi provocado pela queda de um enorme pedaço de rocha de 732 metros que mergulhou 610 metros na água.
  • O impacto foi tão grande que foi comparado ao de um asteroide.
  • As ondas resultantes foram gigantescas.
  • A maior delas tinha assustadores 524 metros, maior do que o enorme arranha-céu Empire State Building, em Nova York.
  • As informações são da IFLScience.

Terremoto causou queda de rocha

Pesquisadores explicam que o formato da Baía de Lituya, um fiorde estreito com um fundo marinho em forma de U, potencializou o fenômeno. O impacto da queda da rocha causou um vaivém de ondas enormes, tornando praticamente impossível fugir do tsunami.

Apesar das proporções quase inimagináveis, “apenas” cinco pessoas morreram. Isso porque a região é praticamente desabitada.

Três das vítimas estavam na praia na foz da Baía de Yakutat quando ela cedeu 30 metros abaixo do nível do mar, explicou o Conselho de Política Sísmica dos Estados Ocidentais (WSSPC). Outras duas pessoas que haviam ido pescar nunca mais foram vistas. Já alguns sobreviventes conseguiram superar as ondas em seus navios de pesca.

Ainda de acordo com os especialistas, a queda da rocha que causou o tsunami foi provocada por um terremoto. Uma combinação de eventos de grandes proporções que resultou nos acontecimentos de 1958.

Os efeitos das enormes ondas podem ser vistos até hoje, mesmo do espaço. A força do tsunami arrancou árvores pelas raízes, deixando marcas perceptíveis. No local é possível observar uma barreira de vegetação onde a folhagem é muito mais jovem do que aquela que fica acima dela.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.