No ecossistema tecnológico, onde empresas experimentam crescimento acelerado, a rapidez no lançamento de novas soluções digitais é crucial para o sucesso dos produtos. Porém, lançar produtos inacabados, que não ofereçam a experiência ideal ao usuário, pode comprometer a estratégia de negócios como um todo. 

Neste contexto, vale a máxima de fail fast, que se refere à ideia de identificar e corrigir falhas ou problemas em estágios iniciais do ciclo de desenvolvimento. Essa abordagem é fundamentada na crença de que falhar rapidamente e aprender com esses fracassos pode levar a soluções mais robustas e eficientes a longo prazo.

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Ao adotar a mentalidade de fail fast, as equipes de desenvolvimento são encorajadas a testar suas hipóteses e implementações de forma rápida e iterativa, o que permite detectar falhas precocemente, reduzindo assim o custo e o esforço necessários para corrigi-las. 

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A essência do fail fast promove a inovação e a melhoria contínua, incentivando as equipes a abraçarem falhas como oportunidades de aprendizado e crescimento. E isso diz muito, também, sobre a cultura da empresa: afinal, é necessário ter um ambiente seguro e que não pune pelo erro para que isso aconteça na prática.  

E essa é uma forma de testar sua ideia de negócio e a qualidade do seu produto, porém, não é a única; existem outras formas seguras e ágeis para testar a qualidade da entrega e avaliar o desempenho do lançamento no mercado.

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E é por isso que hoje as empresas de tecnologia já têm desenvolvido internamente seus processos de garantia de qualidade de software, mas ainda com algum nível de dificuldade. De acordo com um estudo divulgado pela Gartner, 88% dos líderes de serviços afirmam que seus processos de garantia de qualidade são ineficazes e raramente correspondem à visão do cliente — o que só reforça a necessidade cada vez mais latente de se preocupar com a qualidade de software.  

(Imagem: Pexels)

Para gerar resultados, a qualidade deve estar em primeiro lugar 

Sempre falamos sobre a necessidade de prestar serviços de qualidade para o cliente e isso deveria ser a base de todo negócio, independentemente do setor. Quando falamos de tecnologia há, inclusive, um perfil de profissional que é responsável apenas por garantir a qualidade máxima da entrega de um software e que viu seu escopo de trabalho mudar nos últimos anos.  

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Antes, de forma bem simplista, o QA (Quality Assurance) era responsável apenas por liberar ou barrar a entrega de determinado software e a sua atuação era concentrada apenas na etapa final do desenvolvimento de um produto digital. Hoje, com as empresas cada vez mais preocupadas com a qualidade, essa função se tornou ainda mais primordial e estratégica. Uma dessas mudanças inclui a união de QA com metodologias ágeis, com o objetivo de fazer com que produtos atendam não somente às expectativas de qualidade, mas que também sejam entregues de maneira eficiente e eficaz. 

Dentro das metodologias ágeis, o QA é integrado ao ciclo de vida do desenvolvimento, não como uma fase distinta, mas como uma atividade contínua. Isso significa que a qualidade é uma preocupação constante, não apenas no final do processo de desenvolvimento.

Essa abordagem permite a identificação e a correção precoce de defeitos, o que é vital para evitar atrasos e custos adicionais. Além disso, ao incorporar QA em cada sprint ou ciclo, as equipes ágeis podem garantir que cada incremento do produto seja funcional e de alta qualidade. Isso é especialmente importante em ambientes que valorizam entregas rápidas, pois permite uma liberação contínua de funcionalidades testadas e prontas para o mercado. 

Imagem mostrando usuário em um notebook
(Imagem: Pexels)

Tecnologia para testar tecnologia 

Mas, se a prática de QA otimiza o lançamento de uma nova solução, saiba que existe uma forma de otimizar, também, os testes para garantir a qualidade do software. O uso de Inteligência Artificial (IA) no Quality Assurance (QA) está revolucionando a forma como o teste e a garantia de qualidade de software são conduzidos.

A IA permite a automação avançada de tarefas de teste, indo além do que é possível com métodos tradicionais. Por exemplo, algoritmos de IA podem aprender com dados históricos de testes, identificando padrões e anomalias, o que ajuda a prever áreas do software mais propensas a erros. Isso possibilita que os testadores se concentrem em áreas críticas, aumentando a eficiência e a eficácia dos testes.  

Além disso, a IA pode ser usada para gerar automaticamente casos de teste, otimizar a cobertura e até mesmo realizar os não funcionais, como desempenho e segurança. Essa abordagem não só acelera o processo de QA, mas também melhora a qualidade ao permitir testes mais abrangentes e frequentes, os transformando em um processo mais inteligente, adaptativo e eficiente.  

Pessoa prestes a tocar linhas de programação de inteligência artificial
(Imagem: NicoElNino/Shutterstock)

E quando falamos sobre QA, saiba que o principal objetivo aqui é prevenir erros na sua solução. Claro que detectá-los com agilidade e contorná-los é importante, mas evitar que eles aconteçam deve ser o centro da sua estratégia.  

A prevenção de erros no QA envolve a implementação de melhores práticas e padrões de qualidade em todas as fases do ciclo de desenvolvimento, desde a concepção do projeto até sua implementação e manutenção. Isso inclui a revisão de requisitos, design de software robusto, programação defensiva, revisões de código e integração contínua.

O objetivo é criar uma cultura de qualidade onde os erros são menos propensos a surgir, ao invés de apenas corrigi-los. Essa abordagem, além de melhorar a qualidade do produto final, reduz o custo e o tempo associados à correção, além de garantir a melhor experiência para o usuário.