Floresta mais antiga do mundo tem localização inusitada; descubra

Os cientistas descobriram que o local abrigava dois tipos de plantas: as Cladoxylopsida e as Archaeopteris, que eram parecidas com samambaias.
Por Bob Furuya, editado por Lucas Soares 02/01/2024 17h55, atualizada em 03/01/2024 21h17
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Não, não fica na Amazônia. Nem na Mata Atlântica. Esqueça o Brasil. Talvez na floresta equatorial da Malásia, onde as árvores atingem quase 90 metros de altura? Também não! Nem a Floresta de Taiga da Rússia nem a gigantesca Floresta do Congo.

A floresta mais antiga do mundo, segundo os cientistas, ficava em Cairo. Não a capital egípcia, mas sim uma pequena cidade no estado de Nova York, nos Estados Unidos. E é pequena mesmo: por lá vivem menos de 10 mil habitantes.

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A descoberta é de 2019, mas os cientistas continuam investigando o local. A estimativa é que essa floresta tenha se formado há 386 milhões de anos! Ou seja, teria surgido no período Devoniano, ou o período dos peixes, dentro da Era Paleozoica.

E ela não existe mais. A floresta de Cairo fica no fundo de uma pedreira de arenito. Os pesquisadores acreditam que o local abrigava uma rede de árvores que se espalhou, à época, por mais de 400 quilômetros de extensão.

Os geólogos encontraram traços das raízes. Mas tiveram que cavar bastante para encontrar. Por isso acreditam que se trata da floresta mais antiga. Além disso, encontraram fósseis de peixes mais na superfície da pedreira, sugerindo que toda a área verde que havia ali acabou sendo destruída por uma enchente.

Que tipos de árvores essa floresta abrigava?

  • Os cientistas descobriram que a floresta abrigava dois tipos de árvores: plantas do grupo Cladoxylopsida e árvores Archaeopteris.
  • São espécies extintas, mas que possuíam folhas parecidas com as da samambaia que conhecemos hoje.
  • As raízes das Archaeopteris chegavam a ter mais de 11 metros de comprimento – bem maiores que a média que temos atualmente.

A vegetação e a evolução do planeta

Os cientistas afirmam que o nascimento das florestas teve um papel central na configuração do planeta e dos animais como os conhecemos hoje.
É claro que tivemos milhões de anos e uma era dos dinossauros nesse meio tempo.
Mas os pesquisadores explicam que as plantas capturam o dióxido de carbono da atmosfera, deixando mais espaço para o oxigênio.
Isso, segundo eles, fez com que animais e insetos maiores evoluíssem nas florestas antigas.

As informações são do IFL Science.

Bob Furuya
Colaboração para o Olhar Digital

Roberto (Bob) Furuya é formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua na área desde 2010. Passou pelas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.