A fabricante de foguetes e satélites SpaceX foi acusada nesta quarta-feira (3) de demitir ilegalmente oito funcionários por críticas contra o fundador e CEO da empresa Elon Musk.

O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA (NLRB) emitiu uma queixa alegando que a empresa teria violado os direitos dos trabalhadores.

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Entenda o caso

  • A discussão começou em 2020 após uma série de postagens sugestivas e polêmicas do empresário no antigo Twitter.
  • Em 2022, funcionários enviaram uma carta aberta para executivos da empresa alegando que as declarações de Musk não estavam alinhadas com as políticas de diversidade e má conduta no local de trabalho.
  • Uma ex-funcionária disse em comunicado fornecido por advogados que a SpaceX teria uma “cultura tóxica”, especialmente contra mulheres.

A nova denúncia também acusa a companhia de interrogar funcionários sobre o que pensam sobre o caso, menosprezar quem esteve envolvido na ação e até ameaçar demissão para quem praticar “atividades semelhantes”.

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O que pode acontecer

  • Se a SpaceX não chegar a um acordo, o caso será julgado por um juiz administrativo.
  • A decisão poderá ser apelada ao conselho e depois a um tribunal federal.
  • A audiência está marcada para o dia 5 de março.
  • Segundo a Reuters, se for constatado que a SpaceX violou a lei, a empresa pode enfrentar penalidades severas.

Quando o NLRB constata violação de direitos trabalhistas, o órgão também pode ordenar que os trabalhadores sejam reintegrados, além de devolução de salário.

O caso é o mais recente envolvendo empresas dirigidas por Musk de violar direitos dos trabalhadores. Em outubro passado, o mesmo órgão também emitiu uma denúncia acusando o X, antigo Twitter, de demitir ilegalmente um funcionário por postagens contra a política de retorno ao escritório da empresa.