Confirmada a primeira morte de urso polar por gripe aviária

A gripe aviária pode ser uma grande ameaça para os ursos polares, uma vez que os animais já sofrem os impactos das mudanças climáticas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 05/01/2024 10h20, atualizada em 05/01/2024 10h25
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Imagem: jo Crebbin/Shutterstock
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Mais um sinal de alerta para o avanço da gripe aviária no mundo. Exames identificaram que o vírus foi o responsável pela morte de um urso polar no Alasca. Esse é o primeiro caso conhecido da doença em animais árticos.

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Urso polar pode ter comido um pássaro morto ou infectado

O animal foi encontrado morto no outono do ano passado no extremo norte do Alasca, perto da cidade de Utqiagvik.

Amostras de fluidos coletados inicialmente testaram negativo para o vírus. No entanto, quando os especialistas fizeram uma investigação mais abrangente, realizando uma necropsia e coletando amostras de tecido do urso, encontraram sinais claros de inflamação e doença.

No mês passado, as amostras de tecido deram resultado positivo para a gripe aviária, de acordo com o Departamento de Conservação Ambiental do Alasca. O vírus foi identificado em vários órgãos do animal.

O Alasca já relatou infecções em um urso pardo e um urso negro, além de várias raposas vermelhas. Mas essa é a primeira vez que um urso polar é identificado com a doença.

Ainda não se sabe como o animal contraiu o vírus, mas há relatos de aves doentes na região. Uma das hipóteses é que o urso polar tenha sido infectado após comer um pássaro morto ou doente.

Os cientistas também não sabem se esse é um caso isolado ou se existem outros ursos polares infectados que ainda não foram detectados. É difícil monitorar o vírus em populações de animais selvagens, especialmente aqueles que vivem em lugares tão remotos quanto o norte do Alasca.

Urso polar no meio de um bloco de gelo
Ursos polares já enfrentam ameaça de extinção pelas mudanças climáticas (Imagem: FloridaStock/Shutterstock)

Gripe aviária está se espalhando rapidamente

  • Especialistas alertam que o vírus da gripe aviária vem se modificando rapidamente, o que aumentou a capacidade dele se espalhar.
  • Até agora, já foram confirmadas infecções em uma grande variedade de aves e mamíferos selvagens, incluindo raposas, gambás, pumas e leões-marinhos.
  • Na maioria dos casos, o vírus não causou mortes em massa nas populações.
  • A exceção são os leões-marinhos sul-americanos.
  • No caso do urso polar, pesquisadores destacam que a doença pode ser uma grande ameaça, uma vez que os animais já estão ameaçados pelas mudanças climáticas e pela perda de gelo marinho.
  • As informações são da Folha de São Paulo.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.