A energia escura já é conhecida há algumas décadas, mas pesquisadores ainda sabem pouco sobre ela. Trata-se de forma de energia presente em todo o Espaço que tende a acelerar a expansão do Universo.

Uma das características fundamentais dessa energia escura é que ela é uma constante em qualquer ponto do espaço-tempo. No entanto, uma nova pesquisa propõe que, na verdade, o valor dela pode ter diminuído, o que indicaria que ela está se diluindo. Possivelmente, isso também indica que a expansão do Universo como conhecemos pode estar mudando.

publicidade

Leia mais:

Energia escura e expansão do Universo

Para propor a nova hipótese, o Dark Energy Survey (DES), levantamento utilizado para medir a energia escura, usou dados de 1,49 mil supernovas de um tipo chamado Tipo Ia (ou Type Ia, no nome original em inglês). A nomenclatura caracteriza uma supernova em que a luminosidade é sempre a mesma.

publicidade

Esses dados permitem aos astrônomos medirem a distância das galáxias e estimar o parâmetro “w”, constante cosmológica que deve ser igual a −1. O valor foi estabelecido após análises do DES, indicando ser possível inferi-lo em todas as galáxias.

No entanto, um novo número pode ser ainda mais adequado: −0,8. Isso é o que pesquisadores propõem com base na análise das supernovas, o maior conjunto estudado até então. Eles destacam que, quanto maior o conjunto de dados, menor a margem de incerteza, e que outros estudos do campo devem aceitar e adotar esse novo número para validá-lo.

publicidade

Matéria escura pode estar se diluindo (Imagem: Elena11/Shutterstock)

O que muda

  • Se o novo número for usado como parâmetro “w”, isso significaria que a energia escura está se diluindo, sugerindo também uma mudança na expansão do Universo;
  • No entanto, de acordo com o Dr. Philip Wiseman, um dos responsáveis pelo estudo, ainda se sabe muito pouco sobre esse fenômeno do Universo e é difícil estabelecer uma constante. Ele também se mostra positivo com isso, já que há muito a se descobrir;
  • O IFLScience também lembra que o conjunto de supernovas analisado como parâmetro para a nova proposta é o maior até agora, mas pode ser superado em breve com novos telescópios entrando em operação.