A energia escura é a forma de energia hipotética responsável pela expansão do Universo. Agora, uma nova medição aponta que ela compõe 69% de tudo. Esse novo resultado pode significar que estamos perto de identificar o que ela é.

Essa energia hipotética é como uma força e medições anteriores já apontavam que ela constitui a maior parte da densidade matéria-energia do Universo, sempre com oscilações em torno de 70%. Até então, tem sido difícil definir com certeza essa porcentagem, mas descobrir o quanto ela representa do universo permitiria entender o que pode acontecer no futuro: se o Universo continuará se expandindo infinitamente, ou em algum momento acontecerá uma reversão.

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Cálculo da proporção de matéria e matéria escura

Uma das formas de saber quanto de energia escura existe no Universo é a partir dos aglomerados galácticos. Isso porque eles são formados por matéria que se reuniu sob a força da gravidade logo após o Big Bang, há 13,8 bilhões de anos. Ao calcular o número de aglomerados e a massa das galáxias é possível descobrir as proporções de matéria e energia.

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O grande problema disso é outra coisa que também não sabemos muito sobre ela, mas responsável por movimentos e efeitos que não podemos explicar de outra forma: a matéria escura. Cerca de 80% da matéria existente no universo é composta pela matéria escura, dificultando medir exatamente a massa de um aglomerado de galáxias.

Assim, para calcular a massa dos aglomerados e consequentemente a energia escura, um estudo publicado recentemente no The Astronomical Journal, contou quantas galáxias existem em cada um. Depois disso, foram realizadas simulações de aglomerados com diferentes proporções de composição. O modelo que mais se pareceu com a realidade, possui 31% de matéria e o outro 69% restante de energia escura.

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Este trabalho demonstra ainda que a abundância de aglomerados é uma técnica competitiva para restringir parâmetros cosmológicos e complementar a técnicas não agrupadas, como anisotropias CMB, oscilações acústicas bariônicas, supernovas Tipo Ia ou lentes gravitacionais.

Tomoaki Ishiyama, astrônomo e coautor do estudo, em resposta ao Science Alert

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