Meta implementa filtros de proteção para contas de adolescentes

Atualmente, leis que protegem crianças menores de 13 anos não são aplicáveis aos adolescentes mais velhos, motivo de frustração para pais
Rodrigo Mozelli09/01/2024 21h34
Instagram Facebook
Imagem: Koshiro K/Shutterstock
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A Meta planeja implementar mudanças nas contas de adolescentes de Instagram e Facebook para protegê-los de conteúdos prejudiciais. Atualmente, as leis que protegem crianças menores de 13 anos não são aplicáveis aos adolescentes mais velhos, o que tem sido motivo de frustração para os pais.

Com a nova medida, as contas de adolescentes nas duas redes sociais terão filtro automático que restringirá o acesso a conteúdos relacionados a automutilação, violência gráfica e transtornos alimentares. Essas mudanças estão previstas para serem implementadas nas próximas semanas.

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Essa iniciativa busca garantir a segurança e bem-estar dos adolescentes nas redes sociais, protegendo-os de conteúdos prejudiciais que podem influenciar negativamente seu desenvolvimento, informa o The Wall Street Journal. A empresa de Mark Zuckerberg está respondendo às preocupações dos pais e demonstrando compromisso em fornecer ambiente online mais seguro para os adolescentes.

Reflexo da conscientização sobre saúde mental

  • Essas alterações são resposta às críticas de que as plataformas de internet tratam as contas de adolescentes da mesma forma que as de adultos, sem levar em consideração as necessidades e vulnerabilidades dessa faixa etária;
  • Com essa mudança, espera-se que os adolescentes tenham experiência mais segura e positiva ao utilizar as redes sociais;
  • Essa decisão também reflete maior conscientização sobre a importância da proteção da saúde mental e do bem-estar dos jovens no ambiente digital, uma vez que os transtornos alimentares e a automutilação são problemas graves que podem ser agravados ou desencadeados pelo acesso a conteúdos inadequados;
  • A Meta está tomando medidas proativas para enfrentar essas questões e melhorar a experiência dos adolescentes nas redes sociais;
  • Com essa mudança, ela se posiciona como uma empresa preocupada com a segurança e o bem-estar de seus usuários mais jovens.

No entanto, cabe ressaltar que a implementação dessas restrições levanta questões sobre liberdade de expressão e o papel das empresas de tecnologia na moderação de conteúdo. É importante encontrar um equilíbrio entre a proteção dos usuários e a preservação dos direitos individuais.

As medidas da Meta devem ser acompanhadas de perto por pais, especialistas e pelo público em geral, de modo a avaliar sua eficácia e possíveis implicações. A proteção dos adolescentes online é preocupação crescente e demanda ações tanto das empresas de tecnologia quanto dos responsáveis pela criação de políticas públicas.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.