Revolução das máquinas? Robótica humanoide tem ‘momento ChatGPT’

Os robôs autônomos desenvolvidos pela Figure agora conseguem aprender tarefas ao observar humanos, segundo fundador e CEO da empresa
Pedro Spadoni09/01/2024 07h03, atualizada em 18/01/2024 21h27
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Brett Adcock, fundador e CEO da Figure, proclamou um “momento ChatGPT” para a robótica humanoide. Segundo o executivo, agora os robôs desenvolvidos pela empresa conseguem aprender tarefas ao observar humanos. E conseguem reproduzir as tarefas de maneira autônoma.

Para quem tem pressa:

  • A Figure anunciou que seus robôs humanoides aprendem tarefas ao observar humanos e as replicam autonomamente – avanço comparável ao impacto do ChatGPT na IA, segundo o fundador e CEO da empresa;
  • Os robôs da Figure usam modelos multimodais de inteligência artificial para interpretar vídeos e replicar ações humanas, o que trouxe avanços às habilidades autônomas e adaptativas em diversos contextos e tarefas;
  • A empresa também utiliza tecnologia de aprendizado em enxame, por meio da qual habilidades aprendidas por um robô são transferidas para outros;
  • A autonomia em robôs humanoides ainda enfrenta desafios relacionados à versatilidade e adaptação em ambientes dinâmicos, mas promete transformar mercados de trabalho e a sociedade.

A Figure se distingue no mercado ao focar em robôs humanoides autossuficientes com corpo inteiro, em vez de se concentrar apenas em braços robóticos ou outras formas de robótica.

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A tecnologia por trás dos avanços da Figure envolve modelos multimodais de inteligência artificial (IA) que observam e interpretam vídeos para conduzir os robôs na replicação das tarefas observadas. E a tecnologia de aprendizado em enxame promete a transmissão rápida de habilidades aprendidas para outros robôs da mesma série.

A empresa antecipava que até o final de 2023 seu robô 01 começaria a demonstrar trabalho útil em suas instalações. Uma demonstração, publicada no domingo (07), trouxe o robô operando uma máquina de café Keurig. Ela evidenciou a capacidade do 01 de adicionar ações à sua biblioteca de forma autônoma.

Veja abaixo:

Aprendizado em robôs humanoides

Colocar aprendizado e autonomia em robôs é desafiador porque eles precisam ser versáteis para lidar com diversas tarefas. Além disso, é necessário entender o uso de ferramentas, se adaptar a ambientes dinâmicos e aprender de forma independente.

O potencial de aprendizado rápido numa gama diversificada de tarefas sugere que a robótica humanoide pode em breve acelerar em capacidades e aplicações. Isso impactaria tanto o mercado de trabalho quanto a estrutura da sociedade. 

Além disso, a perspectiva de robôs humanoides capazes de aprender e operar autonomamente sinaliza uma mudança fundamental no papel do trabalho humano. O desenvolvimento acelerado na robótica humanoide, com mudanças antes inimagináveis, aponta para um futuro onde esses avanços podem redefinir a interação humana, o trabalho e a vida cotidiana.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.