Imagem: Vitória Lopes Gomez(gerado com IA)/Olhar Digital
A formação de um planeta não é trabalho simples. Apesar de astrônomos não saberem exatamente como os corpos celestes do nosso Sistema Solar surgiram, hipóteses consolidadas dizem que isso aconteceu a partir de colisões entre planetas menores.
Uma nova revisão propõe que o papel desses choques gigantescos não parou por aí e é maior do que pensávamos, inclusive acontecendo até hoje em menor escala.
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O processo de formação exato ainda não foi desvendado, mas o Space.com explicou a hipótese mais aceita:
De acordo com o estudo, os planetas sofrem colisões o tempo todo, inclusive até hoje (apesar de a maioria ser relativamente pequena, formando apenas crateras na superfície).
Já os impactos gigantes de antigamente, embora raros, eram muito mais energéticos e envolviam a colisão de dois protoplanetas. Quando os dois tinham massa semelhante, o impacto poderia mudar completamente sua estrutura ou trajetória – ou até a habitabilidade nele.
Como exemplo, o artigo cita que astrônomos acreditam que a Lua da Terra for formada quando um objeto celeste do tamanho de Marte atingiu o que era a proto-Terra. O impacto destruiu o “invasor” e vaporizou uma fração do nosso planeta, que foi parar na órbita. Eventualmente, ela se reuniu e deu origem à Lua que conhecemos hoje.
Porém, nem todos os impactos são formativos. Outro exemplo é que Mercúrio começou com aproximadamente o dobro de seu tamanho atual e diminuiu quando um corpo celeste colidiu com ele e destruiu seu manto. No entanto, os dois protoplanetas que sobraram posteriormente se fundiram entre si, dando a Mercúrio um núcleo maior do que o de um planeta normal.
A mesma coisa aconteceu com Urano: uma colisão o tirou do eixo e o deixou “de lado”, cirando luas ao redor e minando as chances de vida por lá.
A revisão mostra que diferentes tipos de impacto – destrutivos, construtivos ou de “fuga” (no qual um corpo atinge outro “de raspão” e arranca algum material, mas sobrevive) – moldaram o Sistema Solar e os planetas como conhecemos hoje.
Essas colisões tiveram papel importante na criação dos corpos celestes (e na destruição de outros), inclusive criando as condições para a sobrevivência na Terra.
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de janeiro de 2024 17:59