Com dispositivos cada vez mais poderosos no mercado, cresceu também o consumo de energia e a demanda por baterias mais duradouras.

Uma empresa da China chamada Betavolt Technology pode resolver o problema usando baterias nucleares, mesma tecnologia presente em marca-passos (pequeno aparelho implantado para monitorar batimentos cardíacos) e componentes espaciais.

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O que você precisa saber

  • Uma empresa de origem chinesa anunciou esta semana que está desenvolvendo uma bateria nuclear para dispositivos móveis (celular, tablet e notebooks).
  • O modelo é do tamanho de uma pequena moeda e usa a mesma tecnologia que mantém marca-passo e componentes usados no espaço funcionando por décadas sem precisar recarregar.
  • A bateria promete permanecer totalmente carregada por nada menos que 50 anos.

A empresa inclusive já possui seu primeiro modelo adequado para dispositivos móveis: a BB100 — que mede 15 x 15 x 5 mm e fornece 100 microwatts de eletricidade. 

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Até 2026, a Betavolt planeja avançar a tecnologia e fabricar baterias compactas que forneçam um watt de potência e possam ser combinadas de forma modular para entregar mais energia, segundo as informações do WinFuture.

Como funciona uma bateria nuclear

  • Essas baterias funcionam usando decaimento radioativo para gerar energia. Mesmo processo criado no século passado por cientistas soviéticos e americanos.
  • A tecnologia não foi usada em outras aplicações por depender de materiais perigosos e radioativos como plutônio.
  • Eram utilizadas em estações científicas e até espaçonaves.
  • Havia também o problema de essas baterias serem muito grandes ou não fornecerem energia suficiente.

No entanto, a companhia está desenvolvendo uma versão que utiliza uma camada de diamante artificial e um isótopo de níquel em decomposição. Assim, não há risco de nenhuma radiação escapar do sistema e nenhum produto químico tóxico é produzido, já que o níquel-63 se decompõe em cobre.

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Imagem: Divulgação

A bateria do Betavolt supostamente atende aos requisitos de energia para dispositivos como sensores, pequenos drones e até microrobôs. Também foi dito que ela consegue permanecer carregada por 50 anos e funciona de forma confiável de -60 até 120 graus Celsius.

Dito isto, ainda é raro vermos essas tecnologias serem lançadas comercialmente. Algo que esta tem a seu favor é o fato de já ser usada para outros fins.