A ideia de que a Terra gira em torno do Sol, como a conhecemos hoje, foi desenvolvida por Nicolau Copérnico, um importante astrônomo que fez descobertas que revolucionaram a percepção da humanidade sobre o universo. O que algumas pessoas podem não saber é que o túmulo do cientista esteve perdido por muito tempo.

Copérnico morreu em 1543 em Frombork, na Polônia, sendo enterrado numa catedral local. Com o passar dos séculos, a localização de seu túmulo foi perdida e somente em 2006 seu corpo foi encontrado.

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Quem foi Nicolau Copérnico?

Mikołaj Kopernik – nome polonês de Nicolau Copérnico – nasceu em 1473. Ele estudou na Itália, trabalhou como médico e desenvolveu teorias econômicas.

Sua obra principal, “De Revolutionibus Orbium Coelestium,” desafiou o modelo ptolomaico, propondo que a Terra e os planetas giram ao redor do Sol e não o contrário. Publicada pouco antes de sua morte em 1543, sua obra influenciou a compreensão do universo e abriu caminho para astrônomos como Galileu.

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A procura pelo túmulo perdido

  • Enquanto o túmulo de Copérnico esteve perdido, houve diversas tentativas de encontrá-lo, incluindo uma busca feita por Napoleão em 1807. 
  • No entanto, foi em 2005 que arqueólogos poloneses ficaram mais perto de encontrar o local. 
  • Eles foram guiados pela teoria do historiador Jerzy Sikorski, que afirmava que Copérnico teria sido enterrado próximo do altar da Catedral Frombork.
Interior da Catedral de Frombork – Imagem: Holger Weinant/Wikimedia
  • Perto do Altar da Santa Cruz, como é conhecido hoje, foram encontrados treze esqueletos sem identificação. 
  • Um deles, pertencente a um homem com 60 a 70 anos, foi identificado como o possível corpo de Copérnico. 
  • Apesar de estar em bom estado, com os dentes preservados, os cientistas não tinham material de referência, como os restos mortais de parentes, que confirmasse o achado.
Esqueleto encontrado na Catedral de Frombork – Imagem: Dariusz Zajdel / Centralne Laboratorium Kryminalistyczne Policji

DNA é encontrado entre as anotações do astrônomo

Em 2006, cabelos encontrados em um livro astronômico de Copérnico, atualmente no Museu Gustavianum da Universidade de Uppsala, foram usados como material de referência de DNA. A descoberta foi a peça que faltava para completar o quebra-cabeça.

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Ao comparar os fios, provavelmente pertencentes a Copérnico, com o DNA de dentes e ossos do esqueleto encontrado próximo do Altar da Santa Cruz, os resultados sugeriram fortemente que os restos mortais localizados na Catedral de Frombork pertencem ao astrônomo.

Essa descoberta, resultado de uma abordagem multidisciplinar envolvendo escavações, estudos morfológicos e análises avançadas de DNA, foi o que esclareceu o local de descanso de Copérnico, perdido por séculos.