Cientistas identificam mutações genéticas ligadas a doença cardíaca

A descoberta possibilita a adoção de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes contra doenças cardíacas
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 17/01/2024 01h00
Ilustração realista de coração e sistema circulatório de uma pessoa
(Imagem: Reprodução/American Health Care Academy)
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Pesquisadores chineses identificaram um conjunto de mutações genéticas associadas a um risco significativamente maior de desenvolver doença coronariana (DC). A descoberta possibilita a adoção de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes.

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Doença coronariana

  • A equipe de pesquisadores do Hospital Fuwai, vinculado à Academia Chinesa de Ciências Médicas, conduziu um estudo abrangendo 6.181 pessoas.
  • Os resultados do estudo foram publicados na renomada revista médica JAMA Cardiology.
  • O trabalho enfatiza que o aumento do risco de DC vinculado a essas mutações não deve ser subestimado.
  • A doença coronariana causa o fornecimento inadequado de sangue até o músculo cardíaco.
  • Ela pode ser causada pelo acúmulo de gordura, depósitos gordurosos dentro das artérias.
  • Esses depósitos atuam de forma a obstruir as artérias coronárias e deixá-las rígidas e irregulares, fazendo com que o coração receba menos sangue e oxigênio.
  • Essa diminuição do fluxo sanguíneo pode causar dores no peito (angina), falta de ar e outros sintomas.
  • Um bloqueio total pode causar um ataque cardíaco e até a morte.
  • As informações são da Exame.

Novos tratamentos mais eficazes podem surgir a a partir da descoberta

Os cientistas descobriram uma associação da hematopoiese clonal de potencial indeterminado (CHIP) – a presença de uma espécie de célula-tronco resultante de mutações relacionadas à leucemia – a um aumento expressivo de 42% no risco de DC. Este resultado foi obtido ao comparar 1,1 mil portadores de CHIP com aqueles sem essa condição.

O estudo utilizou dados de três coortes prospectivas inseridas no projeto de Previsão do Risco de Doença Cardiovascular Aterosclerótica na China. Participantes sem histórico de doença cardiovascular ou câncer foram recrutados em 2001 e 2008. Eles foram acompanhados por um tempo médio de cerca de 12 anos, até 2021.

A pesquisa não apenas aprofunda a compreensão das raízes genéticas da doença cardíaca mas também abre caminho para abordagens mais precisas e personalizadas na área da saúde cardiovascular. Essa descoberta, destacam os pesquisadores, representa um passo significativo em direção a estratégias de prevenção e tratamento mais eficientes para a doença coronariana.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.