Existe “uma necessidade imperativa de regulação” da inteligência artificial (IA). A afirmação é do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, em discurso a jornalistas no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Para quem tem pressa:
- O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), apontou a “necessidade imperativa de regulação” da inteligência artificial (IA) no Fórum Econômico Mundial, em Davos;
- Em sua fala no encontro anual, Barroso enfatizou o impacto da IA sobre as democracias, ressaltando os riscos associados à desinformação e deepfakes;
- Segundo Barroso, a IA tem o potencial de massificar a desinformação, o que poderia ter consequências negativas significativas para a liberdade das pessoas e a saúde das democracias;
- Esta é a primeira vez que Barroso participa do Fórum Econômico Mundial; o ministro também tem reuniões agendadas com Neal Mohan, CEO do YouTube, e Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta, para conversar sobre desinformação.
O ministro defendeu a regulação da IA por conta do seu impacto sobre democracias. “Tem muitos riscos da inteligência artificial. Um deles é esse. O seu impacto sobre as democracias. As potencialidades da desinformação e do deepfake. Porque a democracia é feita da participação esclarecida das pessoas”, disse.
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IA e democracia (para Barroso)
![Ilustração de inteligência artificial filtrando informações](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2024/01/Destaque-Inteligencia-artificial-referencias-bibliograficas-1024x576.jpg)
Para o presidente do STF, a IA é um mecanismo que pode “massificar a desinformação”. Por sua vez, isso “pode produzir um impacto extremamente negativo sobre a liberdade das pessoas e sobre a democracia”, declarou Barroso durante o evento nos Alpes suíços.
Além dos painéis, o ministro participa de reuniões bilaterais com o CEO do YouTube, Neal Mohan, e o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg (ex-premiê britânico), nesta quarta-feira (17). O assunto das reuniões será desinformação.
É a primeira vez que o ministro Barroso participa do encontro anual em Davos. Além do presidente do STF, representam o Brasil no evento os ministros: Alexandre Silveira (Minas e Energia), Marina Silva (Meio Ambiente) e Nísia Trindade (Saúde).
A ministra Marina Silva conversou com o fundador da Microsoft, Bill Gates, que disse querer visitar o Brasil antes da Conferência do Clima sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, capital do Pará. Também em Davos, o CEO da OpenAI, Sam Altman, falou sobre como a evolução da IA depende dos avanços energéticos, ao seu ver.