Lavrador encontra tesouro do Brasil colonial

Valdomiro Costa encontrou mais de 200 moedas do século XIX com a ajuda de um detector de metais e espera por propostas para vender o tesouro
Alessandro Di Lorenzo22/01/2024 10h40
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Imagem: reprodução/Seteprint
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Um lavrador encontrou um pote de cerâmica com mais de 200 moedas do período colonial na cidade de Conceição do Tocantins. A descoberta aconteceu com a ajuda de um detector de metais e, agora, Valdomiro Costa espera por propostas para vender o tesouro.

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Mais de 200 moedas de bronze e prata

  • O objetivo do lavrador era encontrar ouro na região.
  • Um dia, ele juntou dinheiro e comprou um detector de metais usado.
  • Logo no primeiro dia de uso do equipamento, ele descobriu um pote de cerâmica em um terreno perto da casa dele.
  • Dentro do recipiente estavam mais de 200 moedas antigas, do Brasil colonial.
  • Valdomiro Costa contou que, num primeiro momento, ficou frustrado.
  • Depois, com a ajuda de uma professora de história, compreendeu o tamanho do seu achado.
  • Eles descobriram que as 206 moedas, que datam de 1816, são de bronze e a mais importante delas, de 960 réis, é de prata, e conhecida como patacão.
  • As informações são do G1.

Tesouro ficará com o lavrador

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) analisou o local em que as moedas foram encontradas e avaliou que se trata de “um achado isolado”. Segundo a entidade, o material não faz parte de nenhum sítio arqueológico e, por isso, não há impedimentos para sua comercialização.

Ainda de acordo com o Iphan, o lavrador ficou com as moedas, mas cedeu o pote de cerâmica ao Museu de Conceição do Tocantins. O objeto está fragmentado, mas será restaurado e depois exposto no local.

No período colonial, o território que hoje é o Tocantins foi rota do ciclo do ouro depois que bandeirantes passaram pela região. O município de Conceição do Tocantins, que era uma vila em um garimpo, foi fundado na metade do século XVIII.

Como há poucos registros históricos da época, não é possível saber quem enterrou esse tesouro ou quando isso aconteceu. Por segurança, as moedas vão ficar no cofre de um banco em outra cidade enquanto Valdomiro Costa espera por compradores.

Eu quero ajudar minha família porque nós somos uma família, assim fraca [de condições], não tem condição quase. Dar oportunidade dos meus filhos ao estudo. Se for muito dinheiro, não vai ficar nada para mim, eu quero deixar pros meus filhos.

Valdomiro Costa, lavrador que encontrou o tesouro
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.