A NASA anunciou recentemente que a missão Artemis 2, que enviará quatro astronautas de volta à Lua, deve ocorrer em setembro de 2025. Já a Artemis 3 está prevista para setembro de 2026. Essas novas datas representam atrasos de cerca de um ano e têm desagradado o Congresso dos Estados Unidos, que alerta para os perigos de uma vitória da China na nova corrida espacial.

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Avanços da China preocupam

  • O Comitê de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara dos Representantes dos EUA realizou uma audiência sobre o novo plano Artemis na última semana.
  • Na ocasião, vários membros expressaram preocupação com os atrasos.
  • E o principal temor está relacionado com a China.
  • O país já anunciou a intenção de ter uma estação de pesquisa lunar e ter astronautas na Lua até 2030.
  • As informações são da Space.com.
Terra vista da Lua
Nova corrida espacial é em direção à Lua (Imagem: Elena11/Shutterstock)

Corrida espacial é questão de segurança nacional

Foi citada, inclusive, a possibilidade de reiniciar o projeto Artemis. Enquanto isso, vários membros do comitê enfatizaram que a nova corrida espacial faz parte de uma competição mais ampla com a China, e que ficar em segundo lugar poderia colocar em risco a segurança nacional dos Estados Unidos.

Quatro testemunhas prestaram depoimento durante a audiência: Catherine Koerner, administradora associada da Diretoria de Missão de Desenvolvimento de Sistemas de Exploração da NASA; George Scott, inspetor-geral interino da agência; William Russell, diretor de aquisições de contratação e segurança nacional do Escritório de Responsabilidade do Governo dos EUA (GAO); e Mike Griffin, copresidente e cofundador da empresa de consultoria LogiQ, que atuou como administrador da NASA de 2005 a 2009.

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Russell e Scott discutiram os desafios daqui para frente para o programa Artemis, que visa estabelecer uma base tripulada perto do polo sul da Lua até o final desta década. Esses desafios, segundo eles, incluem um cronograma de lançamento ambicioso e a falta de transparência sobre o cronograma planejado, bem como o preço do programa.

Koerner reconheceu esses e outros desafios, mas ressaltou que a NASA está trabalhando para superá-los. E que está no caminho certo para isso. Já Griffin demonstrou preocupação com a lentidão nos avanços. E destacou que essas deficiências são um grande problema, dada a importância da atual corrida lunar “no mundo da política de poder global”.

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Apesar das discussões, nenhuma decisão sobre o futuro do programa espacial norte-americano foi adotado. E por enquanto, seguem valendo as novas datas (com os atrasos) anunciadas pela NASA.