Quem gosta de usufruir de todas as funcionalidades de inteligências artificiais que temos disponíveis gratuitamente pode estar aproveitando esse benefício por tempo limitado. Ao que tudo indica, o Vale do Silício vem estudando uma tendência do mercado com relação às IAs: torná-las pagas, e liberar seus serviços apenas por meio de assinaturas mensais, igual fazemos hoje em dia com os streamings.

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O plano de monetizar as IAs é a solução encontrada pelas big techs do Vale do Silício para recuperar o alto valor investido nesses sistemas. A aposta é que as pessoas que estão cada vez mais acostumadas com o uso das inteligências artificiais não queiram abrir mão do seu uso, e aceitem pagar para ter suas funções a disposição.

Já existem diversos tipos de IA por assinatura, mas o plano é que isso se intensifique mais, ao ponto que praticamente só seja possível utilizar uma inteligência artificial plenamente assinando e pagando. Como é um produto caro e que ainda não é visto como uma vitrine tão boa para anunciantes de publicidade, a assinatura passa a ser a solução mais prática encontrada para que esses sistemas deem retorno financeiro a quem investe e suas fabricações.

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Inteligências Artificiais que já lançaram suas versões por assinaturas

A primeira empresa que resolveu lançar um serviço por assinatura foi a OpenAI. Há cerca de um ano, está no mercado o ChatGPT Plus, que custa 20 dólares por mês. Usando o ChatGPT em sua versão gratuita, existirão limitações, enquanto na versão paga, há uma experiência de mais qualidade ao usar a ferramenta:

  • Os usuários conseguem executar os recursos mais recentes do programa;
  • O tempo de resposta é mais rápido;
  • É possível ter acesso ao ChatGPT durante os horários de pico;
  • Para agradar os assinantes, a OpenAI também tem permitido que apenas quem possui conta na versão paga tenha acesso à GPT Store. A plataforma permite que usuários comprem e vendam suas versões personalizadas do ChatGPT.

Ou seja, como já vemos em alguns serviços de streaming para músicas ou séries e filmes, a estratégia é permitir o uso gratuito com limitações que farão o usuário preferir gastar e, então, usufruir plenamente de tudo que o serviço tem a oferecer.

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A Amazon vem seguindo na mesma direção. Uma Alexa que faz uso de inteligência artificial está prestes a ser lançada e também contará com assinatura mensal. O serviço, que vai se chamar “Alexa Plus”, deve ser disponibilizado ainda este ano, em junho.

Houve também um anúncio da Samsung, dizendo que seu serviço de inteligência artificial, Galaxy AI, hoje em dia gratuito, passará a ser cobrado em 2026. Especula-se que o serviço seguirá gratuito para funções mais simples, e a versão paga executará tarefas mais complexas.

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Para citar outras IAs com serviço pago, temos Grok, do Elon Musk (US$ 16/mês), o Midjourney (US$ 10/mês) e o Perplexity (US$ 20/mês). A tendência, como visto, é que essa lista cresça mais. Será que, assim como nos streamings, as pessoas aceitarão pagar pelas inteligências artificiais?