A Netflix segue firme na liderança global entre as plataformas de streaming.

A empresa informou nesta semana que obteve 13 milhões de novos assinantes no último trimestre do ano passado. Trata-se do maior número em um único trimestre desde o auge da pandemia.

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Foi também um dos melhores resultados da história para os meses de outubro a dezembro, além de ter superado em 50% a expectativa do mercado. Ao todo, agora, a Netflix acumula 260,28 milhões de assinantes no mundo.

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O bom desempenho reflete nos negócios. As ações da Netflix subiram 8,3% nas negociações após o expediente no mercado americano. Em 2023, as ações da companhia acumularam uma alta 65%!

A empresa teve um lucro líquido de US$ 938 milhões no quarto trimestre, cerca de 17 vezes os US$ 55 milhões apresentados um ano antes.

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Na avaliação da analista de mídia do Bank of America, Jessica Reif Ehrlich, a empresa abriu vantagem sobre as concorrentes: “Está ficando cada vez mais claro que a Netflix venceu a ‘guerra do streaming’”, disse ela em entrevista à agência de notícias Reuters.

E a perspectiva é de mais crescimento para 2024. A gigante do setor informou que espera um crescimento saudável de receita na casa dos dois dígitos para este ano.

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Por que a Netflix teve esse boom

  • Foi uma soma de fatores, que passam pelo conteúdo e vão até decisões estratégicas de mercado.
  • Primeiro devemos voltar a maio do ano passado, quando a plataforma começou oficialmente a reprimir contas compartilhadas.
  • Muita gente reclamou no começo, mas depois voltou a assinar – ou pagando uma taxa extra para “pontos” fora de casa ou uma nova assinatura própria mesmo.
  • No trimestre imediatamente posterior a essa mudança, a Netflix já tinha registrado um crescimento de 5,9 milhões de novos assinantes em todo o mundo.
  • E as pessoas assinavam por interesse no conteúdo da plataforma.
  • A empresa teve um ano excelente de produções próprias: a live-action de “One Piece”, as boas séries “Toda Luz que Não Podemos Ver” e “A Queda da Casa de Usher”, a última temporada de “The Crown”, além de filmes que tiveram bom desempenho, como “O Assassino”, de David Fincher, e “Rebel Moon” – que, apesar de ruim (na minha opinião), teve boa audiência por causa da expectativa criada.

Mais motivos

  • A Netflix também surfou em uma mudança nas dinâmicas de mercado.
  • Várias empresas passaram a reavaliar suas estratégias de reter filmes e séries exclusivos.
  • Com isso, a Netflix passou a receber títulos de sucesso que antes pertenciam a outras plataformas, como é o caso de “Young Sheldon”.
  • Por fim, o sucesso financeiro da empresa se deve à estabilização do novo pacote básico: o plano de assinatura com propagandas.
  • O chamado “Plano Padrão com Anúncios” existe em alguns países e tem preço bem abaixo dos outros – no Brasil, por exemplo, ele sai por R$ 18,90.
  • Você tem acesso a todo o acervo da plataforma, mas tem que assistir comerciais entre as atrações.
  • A Netflix não revela quantos usuários estão nesse tipo de plano, mas a empresa indica que vai continuar investindo no formato.
  • A plataforma acrescentou que a publicidade ainda não é o principal impulsionador do crescimento das receitas, mas pretende que isso mude até 2025.

As informações são da agência de notícias Reuters.