“Catedral do mar”: conheça a gruta que foi esculpida pela natureza

Além da beleza da gruta, o eco provocado pelas ondas cria uma harmonia melódica que chegou a atrair a atenção da banda Pink Floyd
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 31/01/2024 14h21
gruta.png
Imagem: Donna Carpenter/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A gruta de Fingal fica situada na ilha desabitada de Staffa, em Argyll, na Escócia. Além da forma incrível criada totalmente pela natureza, ela esconde um segredo: o eco provocado pelas ondas do oceano cria uma harmonia melódica que se assemelha às músicas tocadas nas grandes catedrais.

Leia mais

A gruta se estende por 22 metros sobre o oceano e tem pouco mais de 80 metros de profundidade. Mas é o formato dela que impressiona.

Colunas geométricas hexagonais de basalto, moldadas em pilares de seis lados decoram o local. E a responsável por essa obra de arte é a própria natureza. As informações são da IFLScience.

A lenda da gruta

  • A gruta era bem conhecida do antigo povo celta irlandês e escocês, e existem várias histórias que envolvem o surgimento dela.
  • Segundo uma das lendas, tanto a gruta na Escócia, como a Calçada dos Gigantes (que fica exatamente do outro lado do mar), na Irlanda, eram as peças finais de uma ponte construída pelo gigante irlandês Fionn Mac Cumhaill (também conhecido como Finn McCool).
  • O objetivo da construção era permitir que ele chegasse à Escócia e lutasse contra o seu rival, o gigante Benandonner, que vivia do outro lado do mar.
Gruta de Fingal também é conhecida como “catedral do mar” (Imagem: Donna Carpenter/Shutterstock)

Relação com Pink Floyd

Ambas as estruturas apresentam colunas de basalto e foram criadas pelo mesmo fluxo de lava, há cerca de 60 milhões de anos. À medida que a lava foi deixando de estar tão quente, o mineral começou por formar blocos tetragonais e, mais tarde, as tais colunas hexagonais.

A gruta foi redescoberta pelo famoso botânico Joseph Banks, em 1772. O cenário incrível atrai diversos visitantes, alguns deles bem famosos. É o caso da Rainha Vitória, dos poetas britânicos William Wordsworth e John Keats e do escritor francês Júlio Verne.

O compositor alemão Felix Mendelssohn também esteve no local em 1829 e o eco causado pelas ondas serviu de inspiração para ele compor a “Hebrides Overture”, que ficou conhecida como Fingal’s Cave. Outra presença ilustre foi da banda Pink Floyd, que deu o nome da gruta a uma das suas primeiras canções.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.