Com a proximidade do pico de atividade, o Sol tem liberado cada vez mais numerosas e poderosas explosões de energia magnética acumulada – as famosas erupções solares, das quais o público do Olhar Digital está bem acostumado a ter notícias.

Sobre as erupções solares:

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  • Atingem temperaturas de até 10 milhões de graus Kelvin;
  • Podem durar de alguns minutos a algumas horas;
  • São capazes de produzir efeitos incríveis aqui na Terra, como a formação de auroras nos extremos do globo;
  • No entanto, as consequências das explosões solares também podem ser negativas;
  • Entre os problemas provocados por esses eventos estão interferências nos sistemas de comunicação, afetando desde as transmissões de rádio até os satélites em órbita;
  • Em casos extremos, podem ocorrer até mesmo apagões.

Erupções solares de crescimento lento

Uma nova pesquisa, liderada por Aravind Bharathi Valluvan, estudante de pós-graduação em astrofísica da Universidade da Califórnia-San Diego, EUA, revela detalhes intrigantes sobre essas explosões. Publicado na revista científica Solar Physics, o estudo é voltado às erupções solares de crescimento lento, um tipo até então pouco explorado.

Diferentemente das explosões rápidas, que emitem sua energia de forma veloz e gradualmente a dissipam, as erupções de crescimento lento levam mais tempo para acumular energia e também para liberá-la. Enquanto explosões rápidas seguem a proporção 1:4 (um minuto para subir, quatro para dissipar), as lentas podem seguir uma proporção de 1:1.

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Baseada em dados do monitor de raio-X solar a bordo do orbitador lunar Chandrayaan-2, da Índia, a pesquisa revelou mais de 1.400 explosões de crescimento lento, um número significativamente maior do que o esperado. Anteriormente, apenas cerca de 100 desses eventos haviam sido observados.

Essa descoberta desafia conceitos anteriores sobre explosões solares, que eram geralmente comparadas ao estalar de um chicote, injetando energia rapidamente antes de se dissipar lentamente. Agora, ver explosões de construção lenta em quantidades tão altas pode mudar esse pensamento.

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“Há um trabalho emocionante a ser feito aqui”, afirmou Valluvan. “Identificamos dois tipos diferentes de surtos, mas pode haver mais. E onde os processos diferem? O que os faz subir e descer a ritmos diferentes? Isso é algo que precisamos entender”.