Covid: plataforma de vacina pode ajudar na imunização contra outras doenças

Após criarem uma vacina eficaz contra a Covid-19 e suas variantes, pesquisadores buscam um imunizante contra a chikungunya
Por Ana Julia Pilato, editado por Bruno Capozzi 05/02/2024 16h57, atualizada em 24/07/2025 17h40
vacina
Vacina (Imagem: PhotobyTawat/Shutterstock)
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Uma plataforma de imunização contra a Covid-19 pode ser utilizada para a produção de vacinas contra outras doenças. A tecnologia foi criada por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e está sendo adaptada para desenvolver um imunizante contra a chikungunya.

Entenda:

  • Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram uma plataforma de imunização contra o coronavírus e suas variantes;
  • A tecnologia utiliza nanopartículas lipídicas de diferentes formulações e pode ser utilizada para o desenvolvimento de vacinas contra outras doenças;
  • Após a comprovação da eficácia do imunizante contra a Covid, os pesquisadores estão testando uma vacina para combater a chikungunya;
  • A plataforma pode ajudar a reduzir custos e o tempo de produção dos imunizantes;
  • As informações são do G1.

Composto por dezenas de nanopartículas lipídicas – que distribuem medicamentos de maneira controlada no organismo – com diferentes formulações, o imunizante contra o coronavírus foi testado em hamsters e camundongos. Com a eficácia da vacina comprovada, os pesquisadores agora buscam desenvolver um imunizante contra a chikungunya.

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Chikungunya
Imagem: Sirinn3249/Shutterstock

Em entrevista ao G1, o professor Pedro Pires Goulart Guimarães, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, explicou que a plataforma pode ajudar a reduzir custos e o tempo de produção dos imunizantes, e revelou que a vacina contra a chikungunya já está sendo testada em animais.

“Nós testamos e validamos essa plataforma contra a Covid, mas agora já temos uma nanopartícula que entrega muito para o órgão linfóide, que vai construir a imunidade contra a doença. Para pensarmos vacinas para dengue ou chikungunya, é só mudar o DNA ou o RNA que está ali dentro, a plataforma já está construída”, disse o professor.

Ainda não há previsão para a testagem das vacinas em humanos.

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.