O Ministério do Comércio do Japão anunciou nesta sexta-feira (9) que oferecerá apoio no valor de 45 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 1,4 bilhões ou US$ 301 milhões) para pesquisa em tecnologia de ponta de chips. De acordo com a Reuters, o investimento abrange organizações como a Rapidus, que está construindo uma nova fábrica dedicada no país, e outras instituições e universidades. 

O que você precisa saber: 

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  • O apoio chega no momento em que o Japão se esforça para reconstruir a sua base de produção de chips e reestabelecer no mercado tech — algo parecido com o que ocorre também em seu ramo de elétricos; 
  • O Centro de Tecnologia de Semicondutores de Ponta (LSTC), presidido pelo presidente da Rapidus, Tetsuro Higashi, inclui outras organizações, embora o destaque fique para o protagonismo da fabricante japonesa de semicondutores; 
  • O plano da Rapidus é fabricar chips processadores de 2 nanômetros em massa e competir com empresas líderes como a taiwanesa TSMC; 
  • Tanto a Rapidus quanto a TSMC anunciaram a construção de fábricas de chips no Japão. Para a taiwanesa, será seu segundo empreendimento do tipo no país — a operação deve começar em 2027. 

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Referência no mundo da tecnologia, o Japão anda bem atrasado no que diz respeito aos avanços em relação à China, Taiwan e, claro, EUA. A Rapidus emerge neste cenário como uma forte aposta de retomada, já que desde o ano passado vem demonstrando interesse em reerguer o país quanto a indústria de semicondutores. 

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O plano é que, com apoio do governo, nos próximos quatro anos ela se fortaleça o suficiente para competir com empresas como Samsung e TSMC. 

Em declaração à Bloomberg, em maio do ano passado, Higashi destacou que a Rapidus tinha “grandes oportunidades à sua frente”, e que o voto de confiança do governo iria ajudar a companhia a criar chips com propósitos específicos, com destaque para a inteligência artificial (IA), a ‘bola’ da vez e tendência para 2024.