Drone brasileiro pode ser solução para missões em Marte

O diferencial do drone é a capacidade híbrida de geração de energia, podendo captar energia solar e eólica, mesmo estando em repouso
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 13/02/2024 21h57
marte
Imagem: Andrey Yurlov / Shutterstock.com
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Os esforços para uma futura colonização, ou mesmo os estudos para uma maior compreensão do espaço, podem ganhar um aliado desenvolvido por pesquisadores brasileiros. Trata-se de um drone capaz de ser usado em Marte (ou em outros planetas) de forma autônoma.

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O equipamento é um veículo aéreo não tripulado híbrido (vant) e mistura conceitos de avião e de helicóptero, com capacidade de decolagem e pouso na vertical, mas pode fazer também deslocamentos de longas distâncias em voos horizontais. Além disso, ele usa um mesmo conjunto de motores quando está em funcionamento.

O diferencial do drone é a capacidade híbrida de geração de energia. Ele pode captar energia solar e eólica, mesmo estando em repouso.

A tecnologia é considerada inovadora por permitir uma capacidade de recarga das baterias hoje inexistente. Os robôs que estão em Marte atualmente utilizam apenas painéis solares, o que cria um problema a partir do excesso de poeira em suas placas de captação. Isso reduz a eficiência do equipamento e até pode gerar total falta de energia, inutilizando o drone.

O pedido de registro de patente já foi solicitado por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), responsáveis pelo desenvolvimento do projeto.

Representação do drone desenvolvido por pesquisadores brasileiros (Imagem: reprodução/UFRN)

Drone pode ser usado em missões espaciais brasileiras

  • Durante o voo, uma parcela de energia é gerada pelos painéis fotovoltaicos do drone brasileiro.
  • Já quando está em repouso, ele gera energia pelos painéis através de um conjunto motopropulsor que vira um gerador eólico.
  • Essa capacidade de gerar energia parado vem de uma tecnologia que permite posicionar as pás da hélice de um modo que aproveitem o vento.
  • A ideia dos cientistas responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia é fazer com que o equipamento seja incluído em missões espaciais comandadas pelo Brasil.
  • As informações são do UOL.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.