Um novo estudo realizado por pesquisadores australianos aponta que o extrato de cannabis chamado PHEC-66 possui “efeitos anticâncer notáveis”. Em testes in vitro, a substância diminuiu as taxas de crescimento de células cancerígenas de melanoma. Além disso, promoveu a morte dessas células.

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Os resultados sugerem que o PHEC-66 desencadeia a apoptose nessas linhagens celulares de melanoma, aumentando a expressão de marcadores pró-apoptóticos (mRNA BAX) e, ao mesmo tempo, reduzindo a expressão de marcadores antiapoptóticos (mRNA Bcl-2). Além disso, induz a fragmentação do DNA, interrompendo a progressão celular.

Em outras palavras, o extrato se liga às células cancerígenas, impede que elas se multipliquem e força a morte delas. Segundo os pesquisadores, o dano à célula do melanoma impede que ela se divida em novas e, em vez disso, começa uma morte celular programada, também conhecida como apoptose.

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Como outros resultados recentes que se mostraram promissores para a cannabis como terapia contra o câncer, o novo estudo só foi conduzido in vitro (ou seja, em laboratório, em células de melanoma especialmente cultivadas, e não em pessoas ou animais). A própria equipe admite que os trabalhos estão ainda em fase inicial e ainda não se sabe por que o extrato é eficaz.

A próxima etapa envolve estudos em animais ou ensaios pré-clínicos para tentar entender um pouco mais sobre como o PHEC-66 pode agir no tratamento de melanoma e outros tipos de câncer. As informações são do IFLScience.

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Extrato de cannabis PHEC-66 pode ser opção no tratamento contra o câncer (Imagem: YARphotographer/Shutterstock)

Esperança de revolução no tratamento contra o câncer

  • Há quase um quarto de século, a cannabis e seus derivados têm sido cada vez mais reconhecidos como tendo o potencial de fornecer benefícios para pessoas com câncer.
  • Geralmente, no entanto, as vantagens são de natureza paliativa.
  • A substância impede que o paciente se sinta tão doente, ajuda a reduzir a dor e a ansiedade, mas não combate, de fato, a doença.
  • A expectativa dos pesquisadores é que o novo tratamento possa mudar este quadro.
  • O estudo foi publicado na revista Cells.