A Microsoft corrigiu um problema no seu navegador Edge, que importava automaticamente dados de navegação e abas do Chrome, navegador do Google, sem consentimento do usuário. A correção aparece no descritivo da atualização mais recente do Edge, publicada na quinta-feira (15).

Para quem tem pressa:

  • A Microsoft corrigiu um bug no navegador Edge que permitia a importação automática de dados do Chrome sem o consentimento explícito do usuário, conforme detalhado na última atualização;
  • A atualização ajustou o recurso de importação de dados do Edge para assegurar que o consentimento do usuário seja necessário e sincronizado corretamente entre dispositivos, evitando importações automáticas não autorizadas;
  • A Microsoft enfrenta críticas por táticas promocionais do Edge que lembram as de spyware, incluindo forçar o navegador na área de trabalho e barra de tarefas dos usuários, além de usar prompts para desencorajar o uso do Chrome;
  • Um estudo encomendado pela Mozilla aponta que a Microsoft usa táticas de design que podem prejudicar a escolha do navegador pelo consumidor.

A Microsoft descreve a correção da seguinte forma:

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O Edge tem um recurso que oferece a opção de importar dados de navegação de outros navegadores a cada inicialização com o consentimento do usuário. O estado desse recurso pode não ter sido sincronizado e exibido corretamente em vários dispositivos. Isso foi corrigido.

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Microsoft Edge
(Imagem: Wachiwit/Shutterstock)

Parte da razão pela qual a Microsoft provavelmente não quer comentar é porque a empresa tem um longo histórico de usar táticas semelhantes às de desenvolvedores de spyware para promover seu navegador web, segundo o site The Verge.

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Entre as “muitas artimanhas” da Microsoft citadas pelo site, estão: atualizações mensais do Windows que lançam o Edge e o fixam na área de trabalho e na barra de tarefas sem permissão, além de enquetes ou prompts que aparecem de repente para dissuadir o download do Chrome.

A Mozilla, criadora do navegador Firefox, encomendou recentemente um artigo de pesquisa “para investigar as táticas da Microsoft e o impacto nos consumidores”. O texto explora o uso de táticas de design por parte da Microsoft que contradizem as próprias diretrizes da empresa. E podem minar a concorrência de navegadores rivais.

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Essas táticas incluem maneiras sutis de forçar os usuários do Windows 11 a usar o Edge, ignorando o navegador padrão se clicassem num link do painel de Widgets do Windows ou dos resultados de pesquisa. A Microsoft também começou a forçar o Outlook e o Teams a abrir links no Edge em 2023, segundo o The Verge.