Líderes de tecnologia se reúnem para solucionar escassez de chips de IA

Crescimento da demanda por chips aceleradores de Inteligência Artificial foi pauta no CIO Network Summit 2024, do The Wall Street Journal
Por Ana Julia Pilato, editado por Bruno Capozzi 16/02/2024 15h21, atualizada em 05/08/2025 14h19
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Imagem: 3dartists / Shutterstock.com
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Líderes de empresas de tecnologia e Diretores de TI se reuniram nesta semana no CIO Network Summit 2024, promovido pelo The Wall Street Journal na Califórnia, para falar sobre a escassez de chips de Inteligência Artificial – que está entre as principais preocupações do setor atualmente.

Entenda:

  • Líderes de tecnologia e Diretores de TI se reuniram no CIO Network Summit 2024, do The Wall Street Journal, para falar sobre estratégias contra a escassez de chips de IA;
  • As unidades de processamento gráfico (GPUs) permitem executar e processar muitos dados ao mesmo tempo, e a busca pelos dispositivos mostrou um aumento principalmente entre 2022 e 2023;
  • Com o alerta da crise, diversas empresas já anunciaram novas tecnologias e estratégias para combater o problema;
  • O Google, por exemplo, está desenvolvendo suas próprias GPUs há anos; a OpenAI está em busca de investidores para um projeto trilionário que visa remodelar a indústria; e a AMD lançou novos chips de IA – desafiando o domínio da Nvidia no setor.

Com o crescimento exponencial da demanda pelas unidades de processamento gráfico (GPUs) – que permitem executar e processar um grande volume de dados ao mesmo tempo – entre 2022 e 2023, diversas empresas já anunciaram novas tecnologias e estratégias para driblar o problema da falta dos chips e, consequentemente, a exploração do potencial da IA.

Aumenta o debate sobre a escassez de chips de IA

GPU
Imagem: Sdecoret/iStock

No evento, Hasmukh Ranjan, CIO da AMD, disse que a empresa vem usando IA para aprimorar suas capacidades de computação, constatando uma melhoria de 5% na eficiência. Em dezembro de 2023, a AMD iniciou o lançamento de seus novos chips de IA – desafiando o domínio da Nvidia, principal produtora de GPUs atualmente.

Leia mais:

Sam Altman, CEO da OpenAI, busca investidores para um projeto que exige até 7 trilhões de dólares e tem o objetivo de remodelar a indústria global de chips de Inteligência Artificial, como divulgado anteriormente pelo The Wall Street Journal.

“Estávamos num regime em que os humanos eram caros e as máquinas eram baratas, na era do PC. É interessante voltar a este mundo onde as máquinas são bastante caras”, disse Eli Collins, Vice-Presidente de Gerenciamento de Produtos do Google DeepMind, no evento.

Collins reforça que, apesar da crise, o cenário é otimista, já que o Google vem trabalhando há anos no desenvolvimento de seus próprios hardwares: “Se você observar o que podemos treinar dado o número de chips que temos, essa é uma área onde temos trabalhado muito em termos de eficiência.”

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.