Ministros confirmaram planos para proibir o uso de celulares em escolas da Inglaterra, divulgando orientações para diretores. No entanto, não é obrigatório acatar as orientações, que oferecem às escolas várias formas de implementar a proibição.

Para quem tem pressa:

  • O governo da Inglaterra divulgou orientações para diretores de escolas sobre a proibição do uso de celulares por alunos, visando reduzir distrações, bullying e pressões sociais. Por ora, a adesão às orientações não é obrigatória;
  • As orientações oferecem várias maneiras de aplicar a proibição, incluindo deixar os celulares em casa, entregá-los na chegada à escola, ou mantê-los guardados durante o dia letivo, além de restringir o uso de celulares pelos professores a situações de trabalho;
  • Enquanto alguns diretores apoiam a medida, acreditando que trará benefícios para o ambiente escolar, outros argumentam que muitas escolas já possuem políticas eficazes sobre o uso de celulares.

Um diretor escolar ouvido pelo jornal The Guardian elogiou o plano do Departamento de Educação. Ele argumentou que isso daria às escolas confiança para implementar uma mudança benéfica para os alunos, apesar da possível resistência dos pais.

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Proibição de celulares nas escolas

(Imagem: Pexels)

Entre os caminhos para a proibição de celulares apontados pelas orientações divulgadas pelos ministros, estão: deixar os celulares em casa, entregá-los na chegada, guardá-los em armários ou permitir que os alunos fiquem com os aparelhos desde que não os usem.

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A proliferação de smartphones nas escolas gerou preocupações não apenas com distrações, mas também com o potencial para bullying e outras pressões sociais. A secretária de Educação, Gillian Keegan, afirmou que a orientação “empoderaria” escolas que ainda não proibiram completamente os aparelhos.

A orientação de 13 páginas do Departamento de Educação destaca que a política sobre celulares deve ser claramente comunicada aos alunos, explicando também os motivos por trás dela. E acrescenta que os professores não devem usar celulares na escola, exceto quando necessário para o trabalho.

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Os pais também precisam estar envolvidos na proibição. A orientação sugere que eles contatem os estudantes por meio da secretaria da escola, em vez de diretamente.

Discussão

Pessoa usando celular num dia ensolarado
(Imagem: Bicanski/Pixnio)

Geoff Barton, secretário-geral da Associação de Líderes Escolares e Colegiais, considerou a nova orientação “uma não-política para um não-problema”. Para Barton, o uso compulsivo de aparelhos não ocorre nas escolas, onde políticas robustas já estão em vigor.

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Daniel Kebede, secretário-geral da União Nacional de Educação, disse que a orientação faria pouca diferença, pois a maioria das escolas já possui políticas para lidar com o uso de telefones celulares. Kebede considera a orientação uma distração dos muitos problemas enfrentados pela educação.

No entanto, Vic Goddard, diretor executivo de duas escolas em Essex, relatou que a proibição completa de celulares em Passmores foi transformadora. Por lá, a resposta de pais e alunos foi positiva, indicando que a orientação ajudaria as escolas, apesar dos desafios de potenciais conflitos com os pais, segundo o diretor.