Antes de se tornar Godzilla, o Rei dos Monstros era chamado de Gojira. A palavra não existia no Japão; foi criada justamente para o kaiju: uma mistura de “gorira” e “kujira”, que significam “gorila” e “baleia”, respectivamente.

É claro que o monstrão não tem nada de nenhum desses animais, mas a ideia era que a escolha representasse o tamanho colossal da criatura, que varia entre 50 e 200 metros, dependendo do filme.

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Os gênios do marketing preferiram mudar o nome para Godzilla – que tem o prefixo “Deus”, em Inglês – e não dá para falar que deu errado: a marca se tornou uma das mais famosas da cultura pop, com mais de 30 filmes feitos até agora.

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O último longa lançado é Godzilla Minus One (2023), do japonês Takashi Yamazaki. A obra estreou nas salas orientais em 3 de novembro e marcou o retorno da marca Godzilla à Toho, produtora japonesa que lançou o original, em 1954. Nos Estados Unidos, o Minus One chegou às telonas em primeiro de dezembro.

Menos de 4 meses depois, os americanos verão uma outra versão do lagarto – muito diferente da japonesa. Godzilla e Kong: O Novo Império, da Adam Wingard, mostra o kaiju no papel quase de um herói. E com um parceiro de briga.

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As diferenças das histórias

  • Minus One tem a história parecida com o original, de 1954.
  • Naquele ano, os japoneses ainda se recuperavam da Segunda Guerra e, claro, das duas bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos.
  • A ideia era mostrar o monstro como um vilão, nascido justamente de experiências nucleares.
  • Minus One repete isso: o nome faz referência à situação do Japão naquela época.
  • Já era zero pelo pós-guerra e se tornou menos um após a chegada do Rei dos Monstros.
  • Já Godzilla e Kong: O Novo Império tem muito de um formato blockbuster que Hollywood apresentou a fazer – e ajudou a esgotar.
  • O título é 100% comercial e a história vai apresentar Godzilla como um mocinho.
  • Alguns fãs mais tradicionais estão preocupados até com a ideia de um time de super-monstros que se une para enfrentar perigos maiores… Você já deve ter visto algo parecido antes, não?

Apesar das diferenças, elogios

Nada como a política da boa vizinhança. Os diretores dos dois novos longas do kaiju foram indagados sobre o trabalho um do outro. E as respostas foram simpáticas.

À revista Empire, Adan Wingard rasgou elogios a Minus One, que, aliás, concorre ao Oscar de efeitos especiais:

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“O filme é fantástico. É um dos melhores filmes de Godzilla que eu já vi. A abordagem deles para o Godzilla é tão diferente da minha. Eu estou seguindo uma pegada mais do fim dos anos 60, começo dos anos 70, quando o Godzilla é o herói da história. Em Minus One, o Godzilla reage de uma forma metafórica ao que os personagens estão sentindo. Em termos de tom, é um filme muito diferente do nosso. Hoje, o público tem acesso a mais Godzillas do que nunca, podemos ver várias facetas do personagem. Eu acho isso super legal”.

Já a declaração do japonês Takashi Yamazaki foi dada ao site Screen Rant. E ele também foi cortês:

“A interpretação hollywoodiana de Godzilla é um uso muito interessante do IP. Pode resistir e sobreviver a muitas interpretações diferentes. Para mim, é uma versão mais divertida do que Godzilla pode ser – a versão clássica do Toho explorou algo assim em algum momento de sua história. Dentro desse gênero, acho que eles fazem um bom trabalho em [equilibrar] o que os humanos fazem e o que os kaiju estão fazendo.”

E para você? Qual sua versão favorita? Só assistindo para decidir. A versão japonesa ainda não chegou ao streaming e a americana nem estreou nos cinemas.

Fique, então, com os trailers e siga acompanhando o Olhar Digital para mais informações sobre os longas.

As informações são do Omelete.