Uma nova pesquisa publicada na revista Nature Communications descobriu que é possível incluir mais poder de processamento quântico em um determinado espaço se usar quatro maneiras diferentes de armazenar dados em um único átomo. O método desbloqueia computadores quânticos mais poderosos e mais fáceis de controlar.

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Hoje, temos estabelecido que os computadores tradicionais podem processar e armazenar informações como 0 ou 1. Já os computadores quânticos, além de serem capazes de fazer o mesmo, conseguem executar uma sobreposição de ambos ao mesmo tempo.

Isso lhes dá exponencialmente mais poder à medida que você adiciona bits quânticos (qubits) – tornando as máquinas quânticas hábeis para resolver problemas que acabam sendo complexos demais para máquinas normais.

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Manipular esses bits quânticos, no entanto, pode ser um pouco complicado. É nessa hora que a pesquisa consegue ser útil, já que os cientistas conseguiram mostrar como os dados podem ser gravados nos qubits de quatro maneiras diferentes.

Esses bits são como átomos, de um elemento chamado antimônio, que pode ser implantado em um chip de silício onde substitui um dos átomos de silício.

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O que o estudo ensinou de mais importante

A grande descoberta da pesquisa foi poder observar como há a possibilidade de manipular dados do átomo com quatro métodos diferentes.

  • O elétron pode ser controlado com um campo magnético oscilante.
  • Usando ressonância magnética, como o usado em máquinas de hospitais, que é capaz de manipular o núcleo do átomo.
  • Um campo elétrico também pode ser usado para controlar e núcleo.
  • Uma técnica chamada “qubits flip-flop” faz com que o núcleo e o elétron sejam controlados um em oposição ao outro, com a ajuda de um campo elétrico.

A equipe considera que o estudo vai ajudar a tornar os computadores quânticos “mais densos”, amontoando mais qubits em um espaço menor.

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“Estamos investindo em uma tecnologia mais difícil e mais lenta, mas por boas razões, uma delas é a extrema densidade de informações com que será capaz de lidar”, afirma a professora Andrea Morello, principal autora do estudo.