Detector de metais amador encontra anel de ouro de 1.500 anos na Dinamarca

Pesquisadores do Museu Nacional da Dinamarca determinaram que a joia pode ter pertencido à realeza local
Gabriel Sérvio22/02/2024 18h24, atualizada em 23/02/2024 21h34
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Um detector de metais amador na Dinamarca descobriu um raro anel de ouro antigo que pode ter pertencido a uma família real até então desconhecida.

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O que aconteceu

  • Lars Nielsen encontrou um grande anel de ouro decorado e incrustado com uma pedra semipreciosa vermelha.
  • Nielsen explorava Emmerlev, no sul da Jutlândia, Dinamarca, segundo o comunicado oficial sobre a descoberta.
  • O anel data do século V ou VI e, segundo pesquisadores do Museu Nacional da Dinamarca, a joia tem muito “significado histórico”.
  • O anel pode ter pertencido à realeza local ligada aos merovíngios, uma dinastia de reis francos que governaram partes da França, Bélgica e Alemanha entre os séculos V e VIII.
Créditos da Imagem: Reprodução/Museu Nacional da Dinamarca

“O anel de ouro conecta a área (Emmerlev) com um dos maiores centros de poder da Europa”, disse Kirstine Pommergaard, arqueóloga e curadora do Museu Nacional da Dinamarca, em declaração. “(…) é provavelmente um anel de mulher casada com um príncipe de Emmerlev”, acrescentou a especialista.

Os pesquisadores basearam a conexão real do anel ao seu artesanato requintado, que inclui “espirais na parte inferior e botões de trevo” — características associadas ao artesanato franco, conforme o comunicado.

A pedra vermelha também é uma pista sobre a propriedade, uma vez que pedras semelhantes eram símbolos conhecidos de poder entre os nórdicos, disseram os pesquisadores. Já a localização ficava a poucos quilômetros de outros artefatos, incluindo uma coleção de moedas de ouro e prata, cerâmica e chifres de ouro, levando especialistas a pensar que o item foi colocado intencionalmente na área.

“Talvez eles estivessem relacionados. Junto com outras descobertas recentes, mostra que o sul da Jutlândia teve uma influência maior do que se pensava e tinha uma presença aristocrática com importantes ligações comerciais para o sul”, concluiu Anders Hartvig, arqueólogo medieval do Museu Sønderjylland.

As informações são do Iflscience.

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.