Ilustração de cidade em formato de girassol. (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E / Olhar Digital)
Cientistas criaram um conceito inovador de design urbano chamado “cidade-girassol” para otimizar o uso de energia solar em regiões com baixa incidência solar. Inspirado na disposição das sementes de girassol, este novo modelo promete melhorar significativamente a captação de energia solar nos edifícios.
Liderado pelo Dr. Ammar A. T. Alkhalidi, da Universidade de Sharjah, o estudo revela que a estrutura proposta supera os modelos urbanos tradicionais, como os padrões de grade e radial, aumentando a exposição solar em telhados e fachadas em até 12%.
A pesquisa, que contou com a colaboração de acadêmicos do Iraque, Jordânia e Emirados Árabes Unidos, foi publicada no periódico Renewable Energy Focus. Ela detalha como a nova configuração permite que a luz solar atinja mais uniformemente todos os edifícios, utilizando Varsóvia como exemplo para simulação devido às suas condições de baixa radiação solar.
Leia mais:
Nossa nova planta urbana se assemelha à distribuição de sementes em girassóis. Essa distribuição garante a melhor utilização da energia solar, permitindo que o sol alcance igualmente todos os edifícios. Os resultados foram impressionantes, mostrando que o padrão de girassol proposto supera os padrões de grade e radial em termos de áreas de telhado e fachada ensolaradas.
Dr. Ammar A. T. Alkhalidi, Professor Associado de Engenharia de Energia Sustentável e Renovável da Universidade de Sharjah
O Dr. Alkhalidi vê o padrão de girassol como um precursor de uma nova era no planejamento urbano, onde a eficiência energética e o uso de energias renováveis são integrados desde a concepção das cidades. “Isso inaugura uma nova cultura na comunidade de planejamento urbano, adotando técnicas de energia e eficiência energética na primeira etapa do design da cidade”, afirma.
Além das implicações energéticas, o estudo ressalta a capacidade do padrão de girassol de preservar a privacidade e o caráter das comunidades, sem necessitar de lotes maiores. Isso demonstra o potencial do modelo não apenas em termos de sustentabilidade energética, mas também na manutenção da qualidade de vida urbana.
Esta post foi modificado pela última vez em 26 de fevereiro de 2024 21:39