Pesquisadores localizaram megálitos de 4.750 anos nos Andes peruanos. Os blocos de pedra de grandes proporções formam uma estrutura mais antiga do que as pirâmides do Egito (erguidas há cerca de 4.500 anos) e representam uma das praças circulares mais antigas da região.

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A estrutura foi desenterrada em um sítio arqueológico chamado Callacpuma, no vale de Cajamarca, no norte do Peru. No total, ela mede cerca de 18 metros de diâmetro e apresenta paredes concêntricas de pedras megalíticas grandes, independentes e colocadas verticalmente, como nunca antes visto na região dos Andes.

O local desperta interesse dos arqueólogos há décadas mas só agora foi escavado e submetido à datação por radiocarbono. Os pesquisadores descobriram que a construção é datada entre 2.632 e 2.884 a.C., durante o período pré-cerâmico tardio. Isso significa que esse é um dos primeiros exemplos de arquitetura megalítica monumental das Américas.

Esta estrutura foi construída aproximadamente 100 anos antes das Grandes Pirâmides do Egito e na mesma época que Stonehenge.

Jason Toohey, professor que liderou as escavações
A praça Callacpuma mede cerca de 18 metros de diâmetro (Imagem: Jason Toohey)

Construção pode ter sido usada para rituais

  • O megálito andino, acreditam os arqueólogos, provavelmente teve uma função cerimonial e continuou a ser usado como um espaço ritual durante o período inicial (de 1.800 a.C. até 900 a.C.) e o Horizonte Inicial (de 900 até 200 a.C.).
  • O pré-cerâmico tardio foi um período de transição socioeconômica nos Andes.
  • Os habitantes da costa central trocavam peixes, enquanto as comunidades do interior cultivavam alguns alimentos e culturas industriais.
  • Já nas terras altas do norte aqueles que construíram a estrutura “podem ter começado a experimentar a produção de alimentos”.
  • A descoberta representa “um mundo social em mudança” e é “um exemplo inicial crítico de construção coletiva, construção de lugares e integração social entre as pessoas nos Andes”, afirmam os pesquisadores.
  • O estudo foi publicado na revista Science Advances.
  • As informações são da IFLScience.