Pesquisadores da Lund University, na Suécia, concluíram que o cérebro humano processa as informações de forma diferente, dependendo de quem fala. Isso significa que podemos aprender com mais facilidade ao receber informações de alguém que gostamos.
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Para analisar o que afeta a capacidade de aprender, a equipe realizou experiências onde os participantes precisaram lembrar e ligar diferentes objetos. Assim, os pesquisadores descobriram que a capacidade de lembrar e conectar informações através de eventos de aprendizagem foi influenciada por quem as apresentou.
Em outras palavras, quando uma pessoa de quem o participante do estudo gostava falava, conectar as informações foi mais fácil. Já quando elas vinham de alguém de quem o participante não gostava, o processo era mais difícil.
Durante o experimento, os participantes forneceram definições individuais de “gosto” e “não gosto” com base em aspectos como opiniões políticas, formação, hábitos alimentares, esportes favoritos, hobbies e música. Os cientistas reconhecem que o estudo mostra “como fenômenos significativos podem ser parcialmente atribuídos aos princípios fundamentais que regem o funcionamento da nossa memória”.
Funcionamento do cérebro ainda é um enigma a ser desvendado
- As descobertas foram detalhadas em estudo publicado na revista Communications Psychology.
- Elas apontam que as pessoas estão mais inclinadas a formar novas conexões e atualizar conhecimentos a partir de informações apresentadas por indivíduos, organizações ou grupos a que somos favoráveis.
- Isso porque essas informações tendem a se alinhar com as nossas crenças e ideias pré-existentes.
- Os pesquisadores querem entender como funcionam as raízes da polarização e da resistência a novos conhecimentos.
- E também como influências externas podem fazer com que o cérebro processe as informações de maneira mais rápida ou eficiente.
- Novos estudos são necessários para obtermos algumas dessas respostas.
- Afinal, os próprios especialistas admitem que conhecemos muito pouco sobre o funcionamento do nosso próprio cérebro.