A Nintendo entrou com uma ação judicial contra os criadores de um popular emulador de Switch chamado Yuzu.

O Yuzu nasceu em janeiro de 2018, menos de um anos após o lançamento da própria plataforma oficial. Ele oferece aos usuários uma maneira de jogar games desenvolvidos para o Switch em PCs e dispositivos Android. É considerado um sucesso entre os emuladores.

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No processo, a empresa japonesa argumentou que o Yuzu viola as disposições antievasão e antitráfico da Lei de Direitos Autorais do Milênio Digital (DMCA), uma legislação dos Estados Unidos. A informação foi publicada primeiro pelo jornalista Stephen Totilo, no X (antigo Twitter).

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A Nintendo explicou que protege seus jogos com criptografia e outros recursos de segurança destinados a impedir que as pessoas joguem cópias piratas. O Yuzu tem a capacidade de derrotar essas medidas de segurança e “descriptografar” os jogos da Nintendo.

No processo, a companhia afirma que é ilegal “contornar medidas tecnológicas implementadas pelos proprietários de direitos autorais para proteger” seu material.

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De acordo com a Nintendo, os réus estariam “facilitando a pirataria em escala colossal”.

O caso pode abrir um precedente para futuros processos judiciais contra emuladores.

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Qual a polêmica?

A grande questão desse processo é que a Nintendo resolveu abrir uma guerra contra os emuladores. A empresa, no entanto, não tem um caso concreto por assim dizer.

Isso por que os emuladores em si não são ilegais. Eles são apenas softwares que reproduzem o comportamento de outro sistema – e isso a lei não proíbe.

É claro que o comportamento de diversos emuladores é cara de pau e lesa a companhia detentora da tecnologia original – e patenteada. O problema é que o ponto não está em nenhuma legislação.

Por isso a companhia recorreu à DMCA e tentou vincular o emulador à prática de pirataria. É um assunto que vai render muito pano para a manga ainda.

Prejuízo bilionário

Para ilustrar o quanto Yuzu afetou seus negócios, a Nintendo revelou em sua denúncia que The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom foi distribuído ilegalmente uma semana e meia antes de seu lançamento oficial.

Disse que o jogo foi baixado mais de um milhão de vezes de sites piratas! Isso levou a um prejuízo bilionário da empresa oriental.

A Nintendo também mencionou que os criadores de Yuzu estão ganhando dinheiro com seu emulador. A companhia afirmou no processo que eles estariam recebendo cerca de US$ 30.000 por mês de seus apoiadores do Patreon e cerca de US$ 50.000 com a versão paga de seu software no Google Play, até agora.

A Nintendo solicitou ao tribunal que impeça os criadores de Yuzu de promover e distribuir o software. Também está pedindo uma quantia não especificada em “reparações e danos equitativos”.

O Olhar Digital acompanha o caso. Como já dissemos, ele pode definir o futuro de todos os emuladores existentes hoje.

E o Switch 2?

  • É quase impossível falar do console da Nintendo sem se referir à próxima geração.
  • A empresa japonesa confirmou recentemente o adiamento da novidade a desenvolvedores de jogos.
  • Rumores apontavam inicialmente para o lançamento neste ano; o Switch 2, no entanto, deve mesmo ficar para 2025 – possivelmente no primeiro trimestre.
  • Informações de bastidores dão conta de que o Switch 2 apresentará recursos avançados, como suporte a 4K e gráficos comparáveis aos do PS5 e do Xbox Series X.
  • Também tem gente falando que o console deve incorporar alguma tecnologia de Inteligência Artificial, embora detalhes concretos não tenham sido confirmados.
  • Vale destacar que a companhia japonesa não tem tanta pressa assim em lançar seu console de próxima geração porque o atual continua vendendo bem.
  • A Nintendo acaba de reajustar sua previsão de vendas para o Switch neste ano de 15 milhões para 15,5 milhões.
  • Já são quase 8 anos de mercado e o console continua no top-3 das vendas globais.

As informações são do Engadget.