Buscando autossuficiência tecnológica, a China anunciou nesta terça-feira (5) planos para desenvolver indústrias emergentes, com destaque para a computação quântica e Inteligência Artificial (IA). Conforme relatório de trabalho do governo, o país planeja implementar também uma série de importantes programas de ciências e tecnologia para cumprir os principais objetivos estratégicos e de desenvolvimento industrial.
O que você precisa saber:
- O plano também deve melhorar a segurança nacional e a resiliência econômica do país, estimulando as capacidades de inovação nacionais e diminuindo a dependência de fornecedores estrangeiros;
- A China também incentivará mais cientistas e equipes de inovação e melhorará os mecanismos para identificar e estimular inovadores de alto nível, diz o relatório;
- Comunicado chega durante as tensões comerciais entre a China e os EUA, que restringiram as exportações de chips e alguns outros componentes para o país;
- As novas medidas e investimento enfatizam o papel do governo na orientação de recursos para alcançar o objetivo — a independência tecnológica já é uma prioridade para Pequim há alguns anos, vindo com mais foco e força agora, devido ao boom da IA e conflitos com os EUA.
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Aproveitaremos plenamente os pontos fortes do novo sistema de mobilização de recursos em todo o país para aumentar a capacidade de inovação da China em todos os níveis.
Relatório de trabalho do governo da China, conforme divulgado pela Reuters.
Segundo Alfredo Montufar-Helu, chefe do Centro da China no Conference Board, a ênfase em IA não é de todo uma surpresa, visto que desde o ano passado o governo chinês vem demonstrando forte interesse em apostar em empresas locais relacionadas para impulsionar o setor no país.
A construção da autossuficiência e da força na tecnologia e a melhoria da resiliência e do nível de segurança das cadeias de abastecimento foram identificadas como principais prioridades para o trabalho do governo em 2024, acrescentou à Reuters.