Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (26), a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC) revelou que o país deve fazer cerca de 100 lançamentos de missões espaciais ao longo de 2024, estabelecendo assim um novo recorde.

Entre os planos, está o voo de inauguração do primeiro local de lançamento de espaçonaves comerciais da China, atualmente em fase final de construção na cidade de Wenchang, na província insular de Hainan, que deve começar as operações formais em junho.

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A CASC, responsável por desenvolver os foguetes do país, é a principal força da indústria espacial chinesa. Na mesma coletiva, foi divulgado o “livro azul” (relatório de ciência e tecnologia aeroespacial da China) de 2023.

Da centena de voos esperados para este ano, 70 serão feitos pela CASC, que deve implantar mais de 290 satélites no espaço até dezembro. A instituição federal também será responsável por duas missões de carga, duas missões de lançamento tripuladas e duas missões de retorno tripuladas para a estação espacial Tiangong.

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Primeiro lançamento no novo foguete Long March

Outro marco programado para 2024 é a inauguração do foguete Long March-12, o mais recente modelo da família Long March, que foi concluído na Academia de Tecnologia de Voo Espacial de Xangai, uma subsidiária da CASC.

Este será o primeiro foguete chinês com um diâmetro de 3,8 metros (mais largo do que os 3,35 metros de diâmetro da maioria dos foguetes do país) e terá dois estágios, atingindo no total 60 metros de altura.

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Impulsionado por seis motores movidos a querosene de oxigênio líquido, o modelo será capaz de transportar espaçonaves com um peso combinado de cerca de 10 toneladas métricas para uma órbita baixa da Terra ou seis toneladas de satélites para uma órbita típica síncrona ao Sol com uma altitude de 700 km.

A ideia é que o foguete Long March-12 seja lançado no primeiro local de lançamento de espaçonaves comerciais da China.

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China pretende lançar missão de coleta de amostras do lado oculto da Lua

Ainda no primeiro semestre, a China deve lançar o Queqiao-2, um satélite de retransmissão para comunicações entre o lado oculto da Lua e a Terra, e a sonda lunar Chang’e-6, uma missão para coletar amostras do lado oculto da Lua – a primeira do tipo na história da humanidade.

Um satélite de detecção da salinidade dos oceanos, um satélite de monitoramento eletromagnético e uma sonda astronômica codesenvolvida pela China e pela França também estão na lista de missões da CASC para 2024.

Em 2023, a China realizou 67 lançamentos de missões espaciais, com este número ocupando o segundo lugar no ranking mundial, além de ter implantado 221 satélites no espaço, estabelecendo um recorde nacional.