Pix: brasileiros fizeram 35 milhões de transações de R$ 0,01 em 2023

Segundo o Banco Central, um usuário fez uma transferência de R$ 2 bilhões no ano passado, a maior da história do Pix
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 05/03/2024 09h40, atualizada em 05/03/2024 21h16
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Dados do Banco Central apontam o comportamento dos brasileiros na hora de usar o Pix. Em 2023, foram mais de 35 milhões de transações de R$ 0,01. Além disso, um usuário fez uma transferência de R$ 2 bilhões, a maior da história do sistema.

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Pix
Mais de 70 milhões de transferências de R$ 0,01 já foram realizadas via Pix no Brasil (Imagem: Marciobnws / Shutterstock)

Pix de R$ 0,01

Desde a criação do sistema instantâneo de pagamentos, em 2020, as transferências de R$ 0,01 foram repetidas mais de 70 milhões de vezes. Isso significa que R$ 700 mil foram transferidos desta forma. As informações foram obtidas pelo G1 via Lei de Acesso à Informação.

O Banco Central não tem estudos que ajudem a explicar esse comportamento. Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explica que não monitora as operações de Pix de centavos e que por isso não tem elementos para analisá-las.

Uma das possibilidades é que transferências de valor mínimo sejam uma forma de verificar se uma chave Pix está funcionando. Outra possibilidade é a função de escrever uma pequena mensagem no campo “descrição” como forma de comunicação.

O BC observa que as instituições envolvidas na transação têm acesso aos textos enviados e que não há previsão de algum tipo de sanção por suposto uso inadequado do sistema. Em 2022, um homem de 67 anos foi preso no Ceará após mandar mensagens de importunação à ex-mulher por meio de Pix de R$ 0,01.

Usuário fez uma transferência de R$ 2 bilhões no ano passado, a maior da história do Pix (Imagem: Pixabay)

Maior transação da história

  • Além do aumento no número de transferências, o ano de 2023 também registrou a maior transação já feita pelo Pix: R$ 2 bilhões
  • Até então, a maior transferência de recursos havia sido de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022.
  • Segundo o BC, o sistema é um meio de pagamento “bastante seguro” e que conta com mecanismos próprios e exclusivos de segurança.
  • Independentemente do valor, é sempre importante o usuário estar atento para conferir as informações antes de efetivar a transação, como o destinatário e a quantia.
  • Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, alerta que, após uma transação de valor muito alto, que pode ser ocasional, é importante reduzir novamente o limite do Pix na instituição bancária.
  • Assim, é possível se prevenir de golpes e até sequestros realizados com o intuito de levar o dinheiro do cliente através de uma transferência forçada.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.