Paleobotânicos britânicos identificaram a floresta mais antiga do mundo. Ela é composta por rochas e fósseis que datam de cerca de 385 milhões de anos atrás, o que significa que a floresta se desenvolveu durante o Devoniano Superior. Mas o que impressionou foi a localização dela (algum chute de onde fica?).

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Datação das rochas do local apontou que floresta tem 385 milhões de anos (Imagem: Christopher Berry)

Onde fica a floresta?

Ao contrário do que poderia se imaginar, a floresta mais antiga do mundo não fica na África, nem na Amazônia. Na verdade, está localizada perto de uma das maiores cidades do mundo.

Os pesquisadores descobriram o local há cerca de dez anos, mas os resultados das análises relativas à sua idade só foram obtidos agora. As escavações foram realizadas perto da cidade do Cairo (não é a versão original egípcia), nos Estados Unidos, que fica há apenas duas horas da cidade de Nova York.

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Anteriormente, cientistas haviam identificado, há poucos quilômetros de distância, fósseis de árvores primitivas de cerca de 380 milhões de anos na Floresta da Gilboa, até então conhecida como a mais antiga do mundo, mas agora superada pela quase vizinha. As informações são da Live Science.

Fósseis foram localizados nas proximidades da cidade de Nova York (Imagem: Neil Davies)

Importância no estudo do clima

  • A idade da “nova” floresta fossilizada foi determinada pela datação das rochas do local. 
  • Segundo os pesquisadores, ela é especialmente rica em fósseis.
  • Foram desenterradas no local árvores fossilizadas de até 19 metros de altura, bem como numerosos fósseis de peixes, o que pode indicar que a vegetação foi destruída por uma enchente no passado.
  • Fósseis de raízes de Archaeopteris também foram descobertos no local.
  • Elas são restos de fetos gigantes que podem atingir os 40 metros de altura, espécie já extinta mas representativa do clima que prevalecia na época.
  • O período Devoniano caracterizou-se por um clima muito quente e úmido, com uma temperatura média de cerca de 30°C, favorecido por um forte efeito estufa, razão pela qual este período é também conhecido como “era estufa”.
  • Esse clima geralmente quente contribuiu para o desenvolvimento de florestas de aparência tropical em grande parte do globo, incluindo muitas variedades de samambaias, como Archaeopteris.
  • A descoberta desta floresta primitiva permite que os cientistas ampliem o conhecimento sobre o clima do passado e, em particular, a sua evolução.
  • As árvores fossilizadas contêm vestígios da evolução do dióxido de carbono durante este período, e essa informação poderia fornecer uma ideia mais precisa de como o dióxido de carbono influenciou o clima da Terra.
  • Esses novos dados também podem ser utilizados nos modelos climáticos atuais para melhorar a nossa compreensão de como o nosso clima evoluirá no futuro, e até ajudar no combate ao aquecimento global.