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A criatividade humana é um recurso importante do cérebro humano, sendo, inclusive, muito valorizado por algumas profissões, como musicistas, escritores, designers e artistas no geral. Há um consenso que, quando o processo criativo é tão intenso, as pessoas podem atingir um momento de concentração extrema, um estado de “fluxo” criativo tão envolvente a ponto de quase ficar inconsciente para o que está ao seu redor.
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Esse estado cerebral até agora não tinha uma explicação científica. Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Criatividade da Universidade Drexel, nos Estados Unidos, são os primeiros a tentar desvendar como o cérebro chega nesse estado de criatividade pura.
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Fluxo de criatividade
O “fluxo” criativo, como os pesquisadores cunharam o fenômeno, é valorizado entre artistas e atletas, entre outras profissões que precisam de um estado de concentração total. Ele também é invejado por pessoas que não exercitam tão bem essa característica do cérebro.
Apesar de ter sido estudado do ponto de vista empírico (por exemplo, o que as pessoas sentem quando estão nessa onda de foco), o “fluxo” tem pouca base científica. É aí que entraram os pesquisadores americanos, que resolveram investigar como esse processo muda (ou não) a atividade cerebral do indivíduo.

Estudo prático
- Para os testes, eles recrutaram 32 músicos guitarristas de jazz, alguns experientes e outros nem tanto. Eles foram solicitados a improvisar seis canções de jazz, acompanhados de bateria, piano e baixo;
- Durante o improviso, os pesquisadores gravaram eletroencefalogramas de alta densidade da atividade cerebral;
- Depois, cada participante teve que avaliar a intensidade do “fluxo” durante a sessão;
- Ainda, cada canção improvisada foi julgada por quatro especialistas em jazz para determinar o nível de conhecimento do músico.
Com isso, os pesquisadores descobriram que os participantes altamente experientes tiveram o “fluxo” com mais frequência e intensidade do que os participantes com pouca experiência.
Na parte cerebral, os eletroencefalogramas revelaram que as alterações durante o período de concentração criativa aconteceram principalmente do lado esquerdo do órgão, associado a ouvir e tocar música. Ao mesmo tempo, a atividade cerebral diminuiu nas áreas frontais, associadas ao controle consciente ou abandono dele.
Ainda, para os músicos experientes, o “fluxo” foi associado ao aumento na atividade das áreas auditivas e visuais, e à redução da atividade em áreas da rede padrão. Segundo o New Atlas, isso sugere que essa área não contribui muito para a geração de ideias e criatividade no geral.
No geral, os músicos menos experientes apresentaram pouca atividade cerebral relacionada ao “fluxo”.

Conclusões sobre criatividade
Uma das teorias resultantes do estudo é que o “fluxo” de criatividade acontece quando as áreas do cérebro trabalham juntas para gerar ideias sob a supervisão de uma “rede de controle” nos lobos frontais do cérebro. Um dos autores do estudo compara isso com uma situação em que uma pessoa controla uma TV escolhendo o filme que ela transmite.
Já outra, mais aceita pelos próprios autores do estudo, diz que os anos de prática em uma tarefa relacionada à criatividade faz com o que o cérebro desenvolva uma rede especializada nisso, que envolve pouco esforço consciente. Ou seja, durante o “fluxo”, o órgão relaxa as áreas ligadas ao controle e supervisão e passa a usar a criatividade em um “piloto automático”.
Uma implicação prática destes resultados é que os estados de fluxo produtivo podem ser alcançados através da prática e experiência em uma atividade criativa específica, junto com treino para diminuir o controle consciente já houve experiência suficiente. Esta pode ser a base para novas técnicas para instruir as pessoas a produzir ideias criativas.
John Kounios, autor correspondente do estudo
Kounios ainda lembra que o estudo foi feito com musicistas de jazz, mas pode ser aplicado a qualquer área que envolva prática e criatividade.