Nova droga contra a obesidade mexe com o mercado

Resultados positivos no desenvolvimento de novo remédio contra a obesidade fizeram com que as ações da Novo Nordisk disparassem
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 08/03/2024 12h37, atualizada em 12/03/2024 11h06
obesidade
Imagem: VGstockstudio/Shutterstock
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A empresa farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk superou a Tesla em valor de mercado. Isso aconteceu após a fabricante do popular medicamento para perda de peso Wegovy anunciar os resultados de testes iniciais para o desenvolvimento de um novo remédio contra a obesidade.

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Farmacêutica dinamarquesa está desenvolvendo novo remédio contra obesidade (Imagem: oleschwander/Shutterstock)

Novo Nordisk em alta

Nesta quinta-feira (7), as ações da Novo Nordisk subiram mais de 8%, atingindo patamares recordes e um valor de mercado de US$ 566 bilhões (R$ 2,8 trilhões). Isso coloca a empresa no posto de 12ª mais valiosa do mundo, à frente de Tesla e Visa, por exemplo.

Os investidores ficaram animados com as informações de que os teste de fase I da versão da pílula da droga experimental amicretina mostraram que os participantes perderam 13,1% de seu peso após 12 semanas. Isso se compara a uma perda de peso de cerca de 6% após 12 semanas e 15% após 68 semanas em testes para Wegovy.

Desde junho de 2021, quando o medicamento contra a obesidade mais famoso foi lançado, os papéis da farmacêutica valorizaram mais de três vezes. A empresa já é a mais valiosa da Europa. As informações são da Reuters.

Obesidade cresceu 350% no mundo em comparação com 1990 (Imagem: Amani A/Shutterstock)

Obesidade afeta mais de um bilhão de pessoas no mundo

  • A forte valorização das ações da empresa dinamarquesa também podem ser explicadas pela emergência de saúde global que a obesidade se tornou.
  • No último dia primeiro de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um estudo apontando que 1 em cada 8 pessoas no planeta está bem acima do peso.
  • Isso significa que a obesidade já atinge mais de 1 bilhão de pessoas.
  • O trabalho ainda comparou a situação atual (de 2022, no caso) com os números de 1990.
  • Na população adulta, a taxa de obesidade mais que dobrou entre mulheres e quase triplicou entre os homens nesse período.
  • No total, 879 milhões de adultos podiam ser considerados obesos em 2022, um salto de impressionantes 350% em comparação com 1990.
  • Saiba mais sobre o assunto clicando aqui.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.