De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2020, cerca de 90% da população mundial enfrenta problemas decorrentes do estresse. Se você desconfia que esteja dentro dessa estatística, seria ótimo saber isso, de forma simples, através da medição de estresse em seu dispositivo smartwatch e smartband.

Esses relógios, além de muitos outros indicadores, como mostrar a frequência cardíaca, atividades físicas, oxímetro e até bioimpedância, também prometem sinalizar sobre os níveis de estresse. Mas será mesmo real, essa medição? Veja!

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Como a medição de estresse é realizada pelos médicos?

Para sabermos se a medição de estresse através de um dispositivo smartwatch ou smartband é real, precisamos entender como essa avaliação é feita por um profissional da saúde em uma clínica.

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Primeiramente, é importante compreender que o estresse pode trazer alterações em diversas áreas, por isso, a avaliação mais precisa pode depender de vários exames.

Exames por dosagem de vitamina D, lítio e cortisol

Segundo um artigo da Clínica São Paulo, os exames de sangue que detectam a concentração de Vitamina D, lítio e cortisol servem para identificar problemas com as glândulas suprarrenais ou com a hipófise, uma vez que o cortisol é produzido por meio dessas glândulas.

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Afinal de contas, o Cortisol, por exemplo, sinaliza quando o nosso corpo se prepara para lidar com situações de perigo, servindo assim, como um termômetro dos níveis de estresse de um indivíduo.

Avaliação do quadro clínico do paciente

De acordo com especialistas, o estresse pode estar relacionado a diversos sintomas, como:

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  • Dor muscular;
  • Insônia;
  • Episódios de diarreia;
  • problemas de pele;
  • gastrite prolongada;
  • Irritabilidade excessiva;
  • Hipertensão;
  • Vertigem;
  • Baixa imunidade;
  • Depressão;
  • Obesidade.

Dessa forma, não é possível que apenas uma medição de estresse em um único aparelho possa indicar quão mínimo ou máximo é o seu nível de estresse. Por isso, o mais indicado é procurar ajuda médica e marcar uma consulta.

Mas será que como sinalizador de estresse, os dispositivos smartwatch ou smartband podem indicar algo real? Mesmo que seja como um simples indicador, para que assim, a pessoa com a suspeita possa procurar o auxílio clínico? Confira a seguir.

Smartwatch e smartband podem ser usados para medição de estresse?

O médico de esportes, Gabriel Ganme, em entrevista ao portal Tilt do Uol indica que algumas funções desses relógios podem ajudar, mas considera as limitações dos aparelhos: “Existe um grau de imprecisão. Mas bem-vestido, bem orientado de maneira correta, dá para utilizar sim”, afirmou.

Desta forma, os relógios podem funcionar, sim, de um modo geral, como sinalizadores, mas dentro de uma proposta mais rotineira e limitada, que jamais poderá substituir uma avaliação médica.

Quanto a medição de estresse que se dá nesses dispositivos, Ganme não considera que esse tipo de tecnologia possa ter uma precisão verdadeira, mas sim superficial, tendo em vista que esse tipo de quadro clínico depende de uma série de fatores.

Afinal de contas, nos dispositivos a medição de estresse considera apenas a frequência cardíaca, avaliando as variações ou irregularidades no padrão. Sendo assim, ao detectar os batimentos muito altos sem que a pessoa esteja em movimento, esses relógios entendem que há uma questão relacionada com ansiedade ou stress.

Portanto, respondendo à pergunta no título desse artigo, se você for utilizar o seu smartwatch e smartband para saber se o seu estresse é real, estará limitado a apenas uma única indicação vaga da questão: seus batimentos acelerados enquanto está parado.

Isso pode sinalizar um momento de estresse? Sim! Mas também não. Afinal, alguns especialistas indicam que essa aceleração dos batimentos cardíacos em situações de repouso, pode ter outras causas, como, por exemplo, hipertireoidismo, febre e até mesmo o uso de alguns medicamentos.

Então, de uma forma ou de outra, seja para saber o seu nível de estresse ou descobrir algum tipo de problema de saúde relacionado a frequência cardíaca irregular, a melhor solução é procurar avaliação profissional.