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Uma agência que cuida da segurança rodoviária está preocupada com o fato de que boa parte dos sistemas eletrônicos que fazem direção automática dos veículos não garantem que os motoristas estão prestando atenção e não emitem avisos significantes para os condutores seguirem concentrados nas ruas e estradas. As informações são do Tech Xplore.
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Um estudo do Instituto de Seguros para Segurança Rodoviária, publicado nesta semana, mostrou que de 14 sistemas de direção automática, só um apresentou a classificação “aceitável” com base nos critérios do órgão.
Outros dois foram classificados como “marginais”, enquanto os demais foram classificados como “ruins”. Nenhum sistema recebeu a classificação máxima de “bom”.
“A maioria deles não inclui medidas adequadas para prevenir o uso indevido e evitar que os motoristas percam o foco no que está acontecendo na estrada”, disse o presidente do Instituto, David Harkey.
Os critérios para ranquear os sistemas de direção automática foram desenvolvidos pelo Instituto na intenção de que as montadoras que fabricam os sistemas sigam padrões de qualidade.
Entre os critérios está uma medição do quão atentamente os motoristas são monitorados enquanto o carro está sendo conduzido sozinho e a rapidez que o sistema emite avisos no caso do motorista não estar prestando atenção no trânsito.
Harkey diz que o Instituto busca preencher um “vazio regulatório” deixado pela inação nos sistemas da Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário dos EUA. Segundo ele, a agência precisa fazer mais para estabelecer padrões para os sistemas, que não são capazes de conduzir veículos 100% sem a intervenção humana.
Os sistemas de direção tinham inicialmente combinações de recursos de segurança, como frenagem automática de emergência, avisos de saída de faixa, centralização de faixa e detecção de ponto cego. As montadoras foram afrouxando essas medidas, e hoje os sistemas dão aos condutores a oportunidade de não prestarem atenção durante algum tempo, tornando maiores os riscos no trânsito.
Harkey chegou a comentar que alguns sistemas são feitos de maneira que os motoristas podem desligar sua atenção por um tempo e chegar a pensar que a condução é 100% autônoma, algo que não existe em nenhum sistema.
“O principal que não queremos que os motoristas interpretem errado é o que esses sistemas podem ou não fazer”, disse Harkey.
O Instituto pede que todos os sistemas sejam capazes de ver se a cabeça ou os olhos do motorista não estão direcionados para a estrada e se suas mãos estão no volante ou prontas para agarrá-lo, caso uma ação seja necessária.
Além disso, para corrigir desatenções, o Instituto julga ser essencial que alertas sonoros e visuais sejam emitidos em 10 segundos no caso de não vir os olhos do motorista na estrada ou se as mãos não estiverem prontas para dirigir.
Caso não exista uma ação humana para dirigir o carro em até 20 segundos, o sistema deverá acionar um terceiro alerta ou iniciar um procedimento de emergência para desacelerar o veículo, diz o Instituto.
Esta post foi modificado pela última vez em 12 de março de 2024 14:37