Uma diretriz do governo da China intensifica os esforços para retirar qualquer tecnologia dos Estados Unidos do país. A iniciativa, chamada de “Delete America”, faz parte da intensa disputa entre chineses e norte-americanos pela hegemonia global do setor.

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China e EUA disputam a hegemonia tecnológica mundial (Imagem: Dilok Klaisataporn/Shutterstock)

China quer fortalecer indústria doméstica

A ordem de Pequim é que todas as empresas estatais de finanças, energia e de outros setores substituam softwares estrangeiros em seus sistemas de TI até 2027. Elas precisam fornecer atualizações trimestrais sobre este progresso.

O objetivo é acabar com qualquer dependência estrangeira e impulsionar a indústria doméstica chinesa. A ação foi adotada após a Casa Branca anunciar as primeiras proibições de exportações de chips semicondutores e de outros produtos para o território chinês.

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Desde este momento, os gastos do setor estatal da China superaram a marca de US$ 6,6 trilhões (quase R$ 33 trilhões). E a previsão é que este número aumente ainda mais.

Nos últimos dias, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, disse que planeja aumentar os gastos com ciência e tecnologia em 10%, para cerca de US$ 51 bilhões (R$ 254 bilhões) neste ano, acima do aumento de 2% registado em 2023.

Huawei pode ser uma das grandes beneficiadas (Imagem: Fonti.pl/Shutterstock)

Empresas ocidentais têm perdido espaço

  • Há seis anos, a maioria das licitações do governo chinês buscava hardware, chips e software de marcas ocidentais.
  • Agora, no entanto, elas estão sendo substituídas por gigantes da China, como a Huawei, e também por companhias mais especialistas.
  • É o caso da Yonyou Network Technology, que fornece sistemas para gerenciar os recursos humanos, o estoque e as finanças das empresas.
  • A companhia chinesa já superou a Oracle e a SAP, e hoje já detém cerca de 40% do mercado nacional.
  • Outras empresas ocidentais também estão perdendo espaço: IBM, Cisco e Dell são algumas delas.
  • Outro exemplo é a Microsoft, que historicamente dominou os sistemas operacionais de computadores na China.
  • Mas hoje, os chineses representam apenas 1,5% das vendas totais da empresa.
  • As informações são do The Wall Street Journal.